Folha de S. Paulo


Em discurso de recepção ao papa, Dilma afirma que "ainda há muito a ser feito"

Logo no início do seu discurso de recepção ao papa Francisco, a presidente Dilma Rousseff disse que tanto ela quanto o pontífice estão preocupados com a redução da desigualdade. Dilma também citou elogiosamente as manifestações que mobilizaram centenas de milhares de pessoas pelo país e afirmou saber que ainda há muito a ser feito. A fala fez parte da cerimônia de boas vindas ao papa, no Palácio Guanabara, no Rio.

"Democracia gera desejo de mais democracia. E inclusão social provoca cobrança de mais inclusão social. Qualidade de vida, desperta anseios por mais qualidade de vida. Para nós todos os avanços que conquistamos são só um começo."

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Ela afirmou que a juventude brasileira clama por mais direitos sociais. "Mais educação, melhor saúde, mobilidade urbana, segurança, qualidade de vida na cidade e no campo".

A presidente pediu o apoio do papa para ajudar a disseminar as iniciativas contra a pobreza. "Acreditamos que o apoio da igreja pode transformar isso em iniciativa global [sobre programas de combate a miséria]".

"A sua ajuda agregaria mais condições para criar uma ampla aliança contra a fome a pobreza, disseminando as boas experiências."

Dilma afirmou também que o Brasil se orgulha de ter alcançado extraordinários resultados no últimos dez anos na redução da pobreza. "Fizemos muito e sabemos que ainda há muito a ser feito."

O discurso foi feito por volta das 18h, diante de autoridades políticas e líderes religiosos. "É uma honra para o povo brasileiro recebê-lo", afirmou.

Dilma disse que os jovens brasileiros acolhem os peregrinos de braços abertos. A presidente saudou o governo do Estado do Rio, a prefeitura e a Arquidiocese por promover a Jornada Mundial da Juventude, que ocorre de terça-feira (23) ao domingo (28).

"Sabemos que temos diante de nós um líder religioso sensível aos anseios de nossos povos por justiça social".

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