A chegada de peregrinos para a Jornada Mundial da Juventude, evento com jovens católicos que acontece do dia 23 a 28, deixa o trânsito engarrafado, desde o início da manhã desta segunda-feira, da rodoviária do Rio até São Gonçalo, região metropolitana.
Por volta de meio-dia, ao menos 10 ônibus estavam atrasados.
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O esquema especial para atender os visitantes não impediu o congestionamento. A prefeitura proibiu a circulação de ônibus fretados durante todo o evento, definiu rotas com estacionamento proibido e as vias que serão interditadas nesta segunda-feira.
"Acho que hoje é razoável que isso aconteça porque está tendo uma avalanche de gente chegando aqui", disse a irmã salesiana Teresinha Ambrosim, que chegou na última semana do Espírito Santo e aguardava há pouco mais de uma hora do horário previsto cerca de 48 jovens de Rio das Ostras, região dos Lagos.
O clima era de ansiedade e animação tanto na rodoviária (centro) como no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), na Ilha do Governador, zona norte do Rio. Jovens de diversas nacionalidades e regiões do país tiravam fotos e cantavam músicas religiosas.
"Viva o papa. Viva a igreja", gritava um peruano, ao desembarcar no aeroporto do Rio.
Nos terminais de desembarque, grupos se aglomeravam à espera de colegas, que acabaram viajando em outra aeronave. Com bandeiras dos Estados de origem, a maioria circulava com a camisa do evento.
"Espero renovação na minha fé e muita alegria nessa Jornada", disse o estudante de geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Carlos Saul, 23, que saía do aeroporto acompanhado com outras 20 pessoas de Porto Alegre.
Muitos dizem que viajaram apenas para ver o papa de perto como os freis da Ordem dos Frades Menores de Uberlândia, Minas Gerais. Outro grupo de 156 brasileiros de Pernambuco, Paraíba e Alagoas aguardavam o ônibus para seguir para Copacabana, zona sul.
"É um momento marcante pra mim e para as minhas filhas", afirmou a empresária Márcia Monte, 44, que deixou a mãe tomando conta do seu comércio para viajar com as três filhas para o Rio.
PROTESTOS
As opiniões sobre as manifestações na cidade se dividiam entre os peregrinos. Alguns dizem acreditar que não haverá problemas, outros temem possíveis atos violentos por conta dos gastos públicos no evento.
"A gente se preocupa um pouco com protestos violentos porque a gente não sabe o que pode acontecer em meio a pessoas mal intecionadas", afirmou o maranhense Elisrael dos Santos, 26.
Mexicanos alegravam o espaço Fun Zone, área reservada aos peregrinos no aeroporto, com músicas e trajes típicos. "Não temos preocupação com protestos violentos porque viemos a mando de Deus, em paz", disse o missionário mexicano José Trinidade.
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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