Folha de S. Paulo


Grupo contra demolição do entorno do Maracanã vai pedir ajuda ao papa

Os defensores de prédios históricos pretendem pedir o apoio do papa Francisco para evitar a demolição de três edificações do entorno do Maracanã --o Parque Aquático Júlio Delamare, o Estádio de Atletismo Célio de Barros e a Escola Municipal Friedenreich. Para isso, buscam um representante.

A ideia inicial era que o nadador Cesar Cielo entregasse um documento contendo o pedido durante a bênção dos atletas e das bandeiras Olímpicas, cerimônia que será realizada no dia 25, após a entrega das chaves da cidade ao pontífice. Com a classificação de Cielo para o Mundial de Desportos Aquáticos de Barcelona (ESP), porém, terão que procurar outra oportunidade. "Ficamos à deriva sem o Cielo, mas vamos buscar uma alternativa", disse à Folha Djan Madruga, recordista brasileiro de natação na década de 1970 e hoje integrante do Comitê Brasileiro de Desportos Aquáticos.

Fabrizia Granatieri - 03.ago.2000/Folhapress
O atleta Nelson Ferreira Júnior salta no estádio Célio de Barros, no Rio de Janeiro, em 2000
O atleta Nelson Ferreira Júnior salta no estádio Célio de Barros, no Rio de Janeiro, em 2000

A demolição dos prédios históricos foi aprovada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) do Rio de Janeiro e suspensa temporariamente pelo Iphan Nacional. Junto de outros atletas e entidades, Madruga luta contra a demolição que, segundo decisão do governo do Estado do Rio de Janeiro, foi planejada para dar lugar a um estacionamento.

Nesta sexta-feira (19), o defensor público federal, Dr. André Odarcgy, informou que o Iphan nacional suspendeu por 30 dias a ordem de demolição dos prédios para analisar o pleito da defensoria pública, que desde o ano passado luta contra a decisão do governo de Sérgio Cabral.


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