Folha de S. Paulo


Comandante da PM critica mídia e diz: 'boa ou ruim, é a PM que vocês precisam'

O comandante da Polícia Militar do Rio, Erir da Costa Filho, criticou a imprensa, pediu o apoio da mídia e defendeu a corporação que comanda. "PM, boa ou ruim, é a que vocês precisam. É a que está na rua 24 horas. Não tem outra", disse, visivelmente emocionado durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (18).

Após os protestos da noite de ontem, que deixaram um rastro de depredação no Leblon e em Ipanema, o governador Sérgio Cabral (PMDB) convocou uma reunião de emergência com a cúpula da Secretaria da Segurança Pública, chefes das polícias Civil e Militar e secretários de Estado.

Costa Filho reclamou da imprensa por fazer críticas à atuação da Polícia Militar durante os protestos das últimas semanas. Ele afirmou que a corporação precisa de "apoio".

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"Estamos lá para dar segurança a todos vocês. Inclusive para a imprensa. E nós não temos tido apoio dos senhores também. Temos policiais feridos. Mas esses direitos humanos não é para a polícia. Somos policiais militares, eleitores e cidadãos. Se a PM não estiver ali, é anarquia. Todos têm que ter responsabilidade. Não brinquem com o que está acontecendo. Ninguém sabe o que está por trás. A responsabilidade da mídia é muito grande", afirmou.

O comandante da PM relatou o que, segundo ele, tem ocorrido com policiais que permanecem na linha de frente dos confrontos.

"Eles ficam de frente para a polícia esperando a reação. O que fizeram com os policiais militares? É mijo o que eles jogam em cima da gente. Cospem na nossa cara. Somos também cidadãos. Nós somos cidadãos."

O oficial, por fim, pediu ajuda da imprensa para identificar os responsáveis pelas depredações que têm ocorrido após as manifestações.

"O jornalista é uma polícia. Ele faz um trabalho policial, de investigação. Não é? Às vezes sabem primeiro que a polícia, e tem que nos ajudar também."

Durante os protesto da quarta-feira no Rio, um policial militar tentou negociar com um grupo de manifestantes que bloqueava as ruas no Leblon, na zona sul do Rio, quando foi expulso aos gritos de "defenda o cidadão, defenda o brasileiro".

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