Folha de S. Paulo


Estrangeiros recorrem a cursos rápidos e até cartazes para se comunicar na Jornada

Estrangeiros que estão no Brasil para a Jornada Mundial da Juventude buscam no improviso formas de comunicação com os brasileiros: tradução via internet, cursos rápidos no país de origem, intérpretes e até cartazes.

Cerca de 600 estrangeiros participam da pré-jornada em Fortaleza, hospedados em casas de brasileiros. Há gente da França, Itália, Hungria e China, entre outros países.

Ministros defendem aparato maior para segurança do papa
Manifestantes criticam Cabral e vinda do papa em frente à casa do governador no Rio
Governo brasileiro convida presidente eleito do Paraguai e não o atual para missa do papa

A designer instrucional Silvânia Maia, 48, abriga dois franceses e um suíço. Sem saber francês, traduziu frases na internet e fez cartazes com horários e chamadas para refeições. "Funcionou bem", disse.

Aguirre Talento/Folhapress
Peregrinos Jonnael Jackson (à esq.), 19, francês, Michael Fent, 25, suíço, e Samuel Meyzindi (à dir.), 18, francês, usam cartazes para se comunicar com família brasileira que os hospedou
Peregrinos Jonnael Jackson (à esq.), 19, francês, Michael Fent, 25, suíço, e Samuel Meyzindi (à dir.), 18, francês, usam cartazes para se comunicar com família brasileira que os hospedou

Os peregrinos elogiaram a hospitalidade. "Os brasileiros são muito gentis", afirmou, com a ajuda de um intérprete local, o francês Jonnael Jacksan, 19.

A comunidade católica Shalom, criada em Fortaleza, resolveu ministrar, em sua sede em Paris, um curso de português de seis meses a peregrinos inscritos na jornada.

Os dez franceses que encararam o estudo agora rezam o Pai Nosso e a Ave Maria em português e se desdobram nas situações mais comuns.

"Português é difícil, mas estou mais segura para falar", disse Audrey Guillaume, 27, uma das alunas.

Brasileiros das comunidades católicas acompanham os visitantes durante todo o tempo, o que também minimiza a barreira da língua.

Na terça-feira (16), a missa de acolhimento aos estrangeiros na igreja da Sé, em Fortaleza, foi bilíngue. No momento da homilia, a pregação sobre temas do Evangelho, uma das fundadoras da Shalom repetia pacientemente em inglês cada frase do padre.


Endereço da página:

Links no texto: