Folha de S. Paulo


Dom Orani celebra missa para milhares de voluntários da JMJ no Rio

Milhares de voluntários da Jornada Mundial da Juventude compareceram à catedral da Arquidiocese do Rio de Janeiro, no centro da cidade, para uma missa celebrada especialmente para eles pelo arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, na tarde desta terça-feira (16).

Majoritariamente em português, a missa teve momentos em que integrantes da igreja se dirigiram ao público em inglês, espanhol, francês e alemão. No momento da catequese, ministros da Igreja Católica percorriam o interior da catedral lotada oferecendo hóstias aos fiéis.

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A missa foi acompanhada por voluntários de várias partes do mundo. A maior parte veio da América do Sul. O funcionário do governo de Mendonza, na Argentina, José Flores Caceres, 27, é um dos que está aqui para auxiliar os peregrinos que vierem ao Rio de Janeiro.

Enrolado em uma bandeira argentina, ele confraternizava com seus conterrâneos. É a primeira vez de Caceres no Brasil e na jornada. Ele pediu férias no trabalho justamente para poder participar do evento. Ele disse ter optado participar do evento um ano antes de o papa argentino ter sido escolhido.

No dia da missa do papa Francisco em Guaratiba, zona oeste do Rio, ele foi designado para ajudar no cordão de isolamento, sem saber exatamente o que isso significa. "É a primeira jornada na América Latina e, como católico, é um privilégio participar", disse ele, que está hospedado em um paróquia no centro do Rio.

Do lado de fora da catedral, sem falar uma palavra em português, um jovem enrolado na bandeira da Alemanha cumprimentando todos que passavam. Era o estudante Benedikt Rampect, 18. Sua primeira jornada foi em Madri, na Espanha, como peregrino. Na jornada brasileira, ele decidiu ser voluntário por ter a possibilidade de poder ver de perto o papa Francisco.

Segundo ele, o discurso do papa Francisco, que pede mais atenção aos pobres e união aos povos, o cativou. "Eu sou da Alemanha e minha família nunca foi rica, mas também nunca nos faltou nada. O fato de o papa ser latino americano e de ele adotar um discurso de atenção aos mais pobres me empolgou de vir até aqui", disse ele.

Ele chegou ao Rio na semana passada e ficou hospedado em um albergue no centro. Nesta segunda, ele deveria ir para o Colégio Santo Antônio em Jacarepagua, na zona oeste. Ele erro de colégio e foi parar no colégio de mesmo nome, mas no município de Duque de Caxias. "Ninguém sabia falar inglês lá. Fiquei nervoso, mas uma pessoa na paróquia de lá me ajudou a chegar em Jacarepagua", disse.


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