Folha de S. Paulo


Prefeito do Rio diz que irá trabalhar para recuperar popularidade

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB) afirmou nesta segunda-feira (1) que a queda de popularidade constatada pela pesquisa Datafolha serve como um "alerta". "Eu encaro [a queda] como uma 'repopularização' a ser conquistada", disse.

Desde agosto de 2012, seu índice de aprovação caiu de 50% para 30%. A desaprovação fez a trajetória inversa. Subiu de 12% para 33%.

Em tom de brincadeira, Paes afirmou que, antes da publicação da pesquisa, "já tinha percebido de leve essa queda". Segundo ele, esse efeito negativo na popularidade também ocorreu em outros governos.

As ondas de protestos no país afetou, por exemplo, a popularidade da presidente Dilma Rousseff, do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do governador do Rio, Sérgio Cabral.

"Vamos trabalhar para recuperar e corresponder a essas pessoas", afirmou o prefeito durante o debate OsteRio, promovido pelo Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade), na zona sul do Rio.

Sobre as manifestações, afirmou ainda que não as vê como um problema. "Isso aqui não é a Primavera Árabe. Ninguém está lutando por liberdade, democracia. Está lutando por um melhor governo, melhores serviços, mais transporte e menos corrupção. Isso tudo faz parte do debate".

Paes afirmou ainda que como "todos os políticos" está tentando entender o que está acontecendo no Brasil. Ele descartou que a mobilização tenha sido articulada por pequenos grupos como anarquistas ou por partidos de esquerda.

A respeito da pesquisa Datafolha sobre o governo do Rio disse que não iria comentar porque a eleição está distante e este é um "momento de crise".

Há um ano e meio do pleito de 2014, a pesquisa mostrou que os pré-candidatos ao governador do Rio, Sérgio Cabral lideram os dois cenários da primeira pesquisa de intenção de votos feita para a sucessão no estado.

No primeiro cenário, o senador Lindberg Farias (PT), tem 17% das intenções de voto; o deputado e ex-governador Anthony Garotinho (PR) e o vereador e ex-prefeito Cesar Maia (DEM) possuem 15%. Eles estão empatados tecnicamente. O candidato de Cabral, o vice-governador Luiz Fernando Pezão aparece no segundo grupo com 8%, mesmo percentual do deputado federal Romário (PSB) e tecnicamente empatado com o deputado federal Miro Teixeira (PDT) com 6%.

O outro cenário não traz o senador Lindberg Farias e o deputado federal Romário. Neste caso, o vice-governador Pezão permanece no segundo bloco com 12% empatado tecnicamente com Miro Teixeira. Garotinho e Maia lideram com 20%.


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