Folha de S. Paulo


Manifestantes acompanham votação sobre corrupção como crime hediondo no Senado

Cerca de 20 manifestantes que participam do protesto na tarde desta quarta-feira (26) na Esplanada dos Ministérios acompanham, no plenário do Senado, a votação do projeto que transforma a corrupção em crime hediondo.

Depois da votação, o grupo será recebido pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), para apresentar a sua pauta de reivindicações.

A manifestantes, presidente da Câmara diz que vai trabalhar para enterrar 'cura gay'
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São representantes de movimentos conhecidos como Marcha do Vinagre, Juntos, Marcha contra Corrupção, Acorda Brasil e Anel.

No plenário, Renan saudou os manifestantes e prometeu dialogar com o grupo sobre a pauta do movimento. "Estamos recebendo nas galerias estudantes que participam da marcha. São universitários da Universidade de Brasília e de outras entidades. Nós os receberemos com muito prazer", afirmou Renan.

A votação do projeto que endurece as penas para crimes de corrupção é uma das reivindicações dos manifestantes.

CÂMARA

Mais cedo, o grupo foi recebido pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para entregar uma carta com 10 propostas ao Congresso Nacional.

Entre os pedidos, estão o arquivamento do projeto que transforma em atos terroristas as manifestações realizadas durante os grandes eventos esportivos, fim do voto secreto, ampliação dos investimentos para saúde, fim do foro privilegiado, além da aprovação do projeto que transforma corrupção em crime hediondo.

A mesma pauta de reivindicações será entregue a Renan.

Eduardo Alves se comprometeu a trabalhar para "enterrar" o projeto conhecido como "cura gay". Essa é uma das principais reivindicações dos protestos que ocorrem em vários Estados.

O presidente da Câmara também prometeu realizar uma nova reunião com os manifestantes em agosto para avaliar o andamento das demandas.

CURA GAY

A "cura gay" foi aprovada na semana passada pela Comissão de Direitos Humanos sob o comando do deputado Marco Feliciano (PSC-SP). O projeto precisa passar ainda pelas comissões de Seguridade Social e Constituição e Justiça.

Alguns líderes estão recolhendo assinaturas para levar o projeto diretamente para votação em plenário. A ideia encontra resistência de lideres alinhados com as bancadas religiosas e do próprio Feliciano, que passou a procurar colegas e pedir apoio contra a manobra.

O presidente da Câmara, no entanto, explicou que não pode assumir o compromisso de tirar Feliciano do comando da comissão nem pressionar para que as representações contra ele por quebra de decoro parlamentar sejam aceleradas na Casa.

Editoria de arte/Folhapress

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