Folha de S. Paulo


'Seria mais objetivo e prático' que Dilma, diz Alckmin sobre reforma política

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta terça-feira (25) que "seria mais objetivo e mais prático" do que a presidente Dilma Rousseff ao propor uma saída para a reforma política.

As declarações foram dadas durante o anúncio das obras que o governo estadual pretende incluir no projeto de mobilidade, divulgado na segunda-feira (24) pela presidente.

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Ele disse que dois pontos poderiam ser alterados sem a necessidade da convocação de uma Assembleia Constituinte exclusiva sobre o tema: a adoção do voto distrital nas eleições para vereadores e deputados e a proibição de coligações nessas disputas.

"Essas coisas, poderia fazer rapidamente. São coisas que não precisam mudar a Constituição. É só mudar a lei. E melhoraria muito o cenário político já para o próximo ano."

Sobre a proposta de Dilma ele diz que o governo vai "verificar a questão jurídica". "O importante é fazer a reforma. Agora, quanto vai demorar? Fazer o plebiscito, que ainda não tem data. Depois do plebiscito, autorizar uma Assembleia Nacional Constituinte, que também não tem data. Enfim, vai ficando, vai passando o tempo", criticou o governador.

Ele afirmou ainda que há uma "falência do nosso modelo político". "Essa é uma crise de representatividade."

Ao defender o voto distrital, disse que hoje só políticos com poder econômico ou midiático conseguem se eleger deputado em São Paulo.

"A pessoa para se eleger ou está na mídia --artistas, jogadores de futebol, apresentadores-- ou em corporações muito poderosas --religiosas, sindicatos-- ou tem muito dinheiro para fazer campanha, ou a máquina pública", criticou.


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