Folha de S. Paulo


STJ desmembra mensalão do DEM e Arruda será julgado na primeira instância

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) desmembrou nesta quarta-feira (5) a ação penal sobre o mensalão do DEM, esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal na operação Caixa de Pandora.

Com a decisão, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda não será mais julgado no STJ, mas no TJDF (Tribunal de Justiça do Distrito Federal).

Dos 37 denunciados na ação penal, a Corte julgará apenas a denúncia contra Domingos Lamoglia de Sales Dias, conselheiro do Tribunal de Contas do DF, que tem prerrogativa de função.

A corte especial do STJ, formada pelos 15 ministros mais antigos do tribunal, acolheu, por unanimidade, questão de ordem apresentada pelo relator, ministro Arnaldo Esteves Lima, que propôs o desmembramento.

O relator apontou um grande número de acusados e a complexidade do caso como "limites intransponíveis para a razoável duração do processo".

"No caso, a manutenção da unidade do processo tem se mostrado contraproducente e contrária à racionalização dos trabalhos", afirmou Esteves. Os autos têm 38 volumes e 323 apensos.

O relator disse que o simples fato de haver denúncia pela prática do crime de formação de quadrilha não impede o desmembramento, conforme decidiu o STF (Supremo Tribunal Federal).


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