O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse nesta segunda-feira (27) que a Polícia Federal deve esclarecer a origem dos boatos sobre o fim do Bolsa Família "doa em quem doer".
Campos qualificou os rumores como "ação criminosa" que colocou "a vida de pessoas em risco".
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"Eu acho que a apuração tem que ser feita pela Polícia Federal, doa em quem doer. Apure para se saber exatamente de onde partiu, porque aquilo pôs a vida de pessoas em risco", declarou o governador e presidente nacional do PSB no Recife, onde teve encontro com vereadores de seu partido.
Segundo ele, a confusão provocada pela falsa informação obrigou os Estados a direcionar "totalmente" o aparelho de segurança dos governos "para enfrentar aquela ação".
"Aquela é uma ação criminosa que precisa de investigação e qualificação. A PF tem competência para esclarecer isso", disse ele, sem opinar se é favorável ou não a um esclarecimento da Caixa Econômica Federal sobre as duas versões que divulgou a respeito do caso.
A Folha revelou no final de semana que um dia antes do início dos boatos que causaram filas e tumultos em 13 Estados brasileiros, a Caixa alterou, sem aviso prévio, todo o calendário de pagamento do Bolsa Família.
Todos os benefícios, em um total de R$ 2 bilhões, foram liberados de uma só vez nas contas das 13,8 milhões de famílias atendidas.
Até então, a Caixa sustentava que só havia liberado o dinheiro após o boato, na tentativa de conter os tumultos.