Folha de S. Paulo


Ministro diz que aceitou convite para falar de caso Rosemary no Senado

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou nesta sexta-feira (17) que irá a comissão do Senado para explicar a acusação de que teria tentado impedir a realização de sindicância instalada pelo governo para investigar a atuação de Rosemary Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo.

Indiciada por formação de quadrilha, ela foi exonerada do cargo em dezembro. Mesmo assim, o governo abriu uma comissão de sindicância para investigar administrativamente sua conduta.

Rosemary Noronha será acusada de tráfico de influência
Comissão convida Carvalho para falar de sindicância sobre Rose Noronha

Alan Marques - 15.ago.12/Folhapress
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência)
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência)

O ministro foi convidado, na última terça-feira, por senadores da Comissão de Meio Ambiente a falar do caso. O pedido é de autoria do líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), que pede, no requerimento, que Carvalho preste esclarecimentos sobre a "investigação paralela" conduzida pela Secretaria Geral da Presidência sobre a atuação de Rosemary.

"Acho absolutamente natural que o Senado faça esse convite e vislumbro, enxergo nesse convite uma forma para mim absolutamente tranquila e muito positiva de esclarecer informações que uma matéria irresponsável de uma revista que, por falta de pesquisa e cuidado na apuração, não detectou a verdadeira natureza da atuação da Secretaria-Geral no episódio", afirmou Carvalho.

A data para sua explanação ainda não foi marcada. O ministro disse, contudo, que não há "preocupação" da parte do Palácio do Planalto sobre a questão.

"A Ciset [Secretaria de Controle Interno da Presidência da República], que é o órgão de acompanhamento da Secretaria-Geral, apenas cumpriu seu papel de correição exatamente de zelar para que o processo instalado corretamente na Casa Civil fosse feito de modo a não oferecer alternativas para que depois seja contestado na Justiça", explicou o ministro.

Segundo ele, há uma percepção falsa de que há mais corrupção nos governos do PT. "O que acontece agora é que todo ato de corrupção doa a quem doer seja quem for é investigado até o fim, e é nessa perspectiva que eu vou ao Senado com muita tranquilidade."


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