Folha de S. Paulo


Papa Francisco deve celebrar missa da Jornada em português, diz arcebispo

O comitê organizador local da Jornada Mundial da Juventude enviou ao Vaticano o roteiro de uma missa em português, a língua mais cotada para a celebração conduzida pelo papa Francisco no dia 28 de julho, em Guaratiba (Rio), no encerramento do encontro internacional de jovens católicos.

"O próprio papa pediu o missal [livro litúrgico usado nas celebrações eucarísticas] em português. Já enviamos tudo para Roma", disse dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio e presidente do comitê organizador, após apresentar os projetos da Igreja Católica em favelas cariocas em um debate ontem no BNDES (Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

O idioma escolhido será comunicado ao comitê por um representante do Vaticano responsável pela liturgia das cerimônias pontifícias. De acordo com dom Orani, a segunda opção seria o latim.

"Com Bento 16, a missa [durante a jornada no Rio] ia ser em latim. Mas o papa Francisco já pediu os textos traduzidos. Por isso, acredito que a missa em Guaratiba será em português", acrescentou o arcebispo.

Além da cerimônia associada à jornada, o papa vai celebrar uma segunda missa, no dia 24 de julho, na basílica do município de Aparecida, no interior de São Paulo. Neste caso, o cardeal dom Raymundo Damasceno, arcebispo da cidade paulista e amigo do papa Francisco, já confirmou que a missa será em português.

O que permanece indefinido é o lugar da celebração em Aparecida. Em abril, Alberto Gasbarri, executivo responsável pelas viagens do papa, visitou o santuário e manifestou sua preferência por uma cerimônia no interior da basílica, com capacidade para abrigar até 40 mil pessoas.
Dom Damasceno pediu a realização de uma missa campal para 300 mil pessoas.

Quando o Vaticano divulgou a agenda do papa na viagem ao Brasil, não houve menção à missa na área externa da basílica. O cardeal de Aparecida ainda mantém a esperança de reunir uma multidão na passagem do papa pelo santuário.

No Vaticano, existe a preocupação de que uma missa de grande proporção em Aparecida possa afetar a presença do público na Jornada Mundial da Juventude.

Dom Orani diverge desta avaliação: "A missa em Aparecida poderia atrair pessoas que não terão oportunidade de vir ao Rio. Tem muita gente para muitas coisas."


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