Folha de S. Paulo


Alckmin diz que 'não há razão' para PSDB já ter candidato ao Planalto

Às vésperas da convenção que elegerá o senador Aécio Neves (MG) para comandar o PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira (16) que o novo cargo não será decisivo para fortalecer a candidatura do mineiro à Presidência da República e que ainda é cedo para definir o postulante do partido ao Planalto.

Tratado pela sigla como único pré-candidato tucano à sucessão de Dilma Rousseff em 2014, Aécio assumirá no sábado (18) a presidência nacional do PSDB para encabeçar articulações que viabilizem sua candidatura no próximo ano. Seu projeto eleitoral sofre resistência dos tucanos de São Paulo.

George Gianni-25.mar.13/Divulgação PSDB
O senador Aécio Neves participou, na noite desta segunda-feira e o governador Geraldo Alckmin durante Congresso Estadual do PSDB-SP
Senador Aécio Neves e o governador Geraldo Alckmin durante Congresso Estadual do PSDB de São Paulo

Após anunciar a implantação de um programa para desburocratizar a abertura de empresas em cinco municípios, Alckmin foi questionado sobre a convenção do PSDB. Ele elogiou a chegada de Aécio ao comando da legenda, mas evitou tratar o mineiro como candidato ao Planalto.

"O Aécio é o nosso candidato a presidente... do PSDB", disse o governador, enfatizando que se referia apenas ao âmbito partidário. "Tem toda liderança para comandar o partido", completou.

Questionado se o cargo de presidente fortalecia Aécio para 2014, Alckmin respondeu que "não". "Eu acho que nós temos vários bons candidatos, mas essa definição tem que ser no fim do ano, começo do ano que vem."

"Não há razão para estar escolhendo o candidato quase dois anos antes", concluiu o tucano.

Alckmin declarou que o ex-governador José Serra, rival de Aécio na legenda, deve acompanhá-lo na ida à convenção, que acontecerá em Brasília.

Nesta semana, Serra ouviu apelo do senador mineiro para continuar no PSDB. Ele cogitaria deixar o partido rumo à Mobilização Democrática, fusão do PPS com o PMN, onde poderia tentar nova candidatura ao Planalto --já disputou em 2002 e 2010.

Além de Serra, Alckmin disse ter convidado o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador Alberto Goldman, o presidente estadual do PSDB, Duarte Nogueira, e o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Samuel Moreira, para a viagem à capital federal.

Ele afirmou que o partido "está até arrumando uma condução para irmos todos juntos".


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