Folha de S. Paulo


Policiais negam envolvimento em morte de PC Farias e namorada

Os quatro ex-seguranças acusados de envolvimento na morte de Paulo César Farias e Suzana Marcolino negaram nesta quinta-feira (9) qualquer participação no crime.

Três deles afirmaram que Suzana matou o namorado e depois se suicidou.

Apenas Reinaldo Correia de Lima Filho disse não saber o que se passou na casa de praia de Guaxuma, em Maceió, na madrugada de 23 de junho de 1996.

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A Promotoria diz que os réus, que eram seguranças de PC, foram no mínimo omissos por não impedir os homicídios.

"Tenho certeza de que ela matou o Paulo César e se matou. [Tenho] certeza [de] que não entrou ninguém naquela noite. A gente não deixou entrar ninguém ali", afirmou o policial militar reformado José Geraldo da Silva.

Ele e Adeildo Costa dos Santos estavam de plantão na casa quando o crime aconteceu.

Geraldo disse ter ouvido uma discussão entre PC e Suzana. A dupla disse que falou com o empresário pela última vez às 4h. Os corpos foram encontrados por volta das 11h.

Eles negaram ter ouvido barulho de tiro. Adeildo disse que chegou a deixar a casa, naquela madrugada, para ir buscar um CD. "Isso foi por volta da 1h da manhã, e voltamos depois de 20, 30 minutos. Não havia mais convidados. Ficou o Geraldo como segurança".

Reinaldo e Josemar Faustino dos Santos afirmaram ter chegado à casa juntos, por volta das 8h30, para render os colegas.

O julgamento deve terminar nesta sexta-feira.

Tesoureiro de campanha do ex-presidente Fernando Collor em 1989, PC Farias foi o articulador do esquema de corrupção no governo denunciado à época. (NELSON BARROS NETO, RICARDO RODRIGUES E DANIEL CARVALHO)


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