O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), afirmou nesta quarta-feira (8) que interesses não "legítimos" e não "sinceros" estão incentivando uma possível candidatura presidencial do governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos.
"Estão dando corda para ver o circo pegar fogo", disse Cid Gomes. "Qualquer pessoa que milite no plano da oposição quer dividir a força dominante", completou.
| André Borges - 22.out.12/Folhapress |
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| O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB) |
Segundo ele, Campos terá dificuldade para formar alianças para eleição presidencial. "Ele se coloca como candidato. E quantos desses aí irão ficar com ele? Eu já vi esse filme muitas vezes", disse o governador, em palestra no Instituto Fernand Braudel, em São Paulo.
Para Cid Gomes, o PSB deixaria de disputar o governo de Pernambuco para fechar um acordo com o PTB. "A única moeda de troca que ele tem para oferecer em uma aliança é dar o governo de Pernambuco", afirmou.
O governador entende que a candidatura própria pode atrapalhar o partido na tentativa de manter os seis Estados que atualmente governa. "Com uma candidatura própria do partido, vamos ter dificuldade de formar os palanques estaduais", disse
O socialista também negou a possibilidade de deixar o PSB e defendeu a manutenção da aliança com o PT. Ele foi convidado pelo ex-prefeito Gilberto Kassab para ingressar no PSD.
O governador afirmou que a campanha eleitoral foi antecipada, porque estaria havendo "intriga" entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff. "Ele teve que mostrar que não é candidato. Mas, Lula criou um grande problema para Dilma."
Em seu segundo mandato, Cid Gomes afirmou ainda que não pretende disputar um cargo público em 2014. "Vou suspender a minha carreira política."