Ao sair de reunião com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, a ex-senadora Marina Silva afirmou nesta terça-feira (7) que o projeto de lei que inibe a criação de novos partidos é um "ataque à democracia" e fere o pluripartidarismo.
"Não encaro como ataque pessoal, mas como um ataque à democracia. Porque o pluripartidarismo está sendo ferido e, obviamente, essa postura tem a ver com o interesse político de evitar que grupos que legitimamente têm direito de se organizar possam se viabilizar", disse.
Marina se encontra com Barbosa para tentar barrar projeto que inibe siglas
O projeto define como intransferível o tempo de TV e rádio e os recursos do fundo partidário daquele parlamentar que muda de partido,
A ideia prejudica diretamente Marina Silva, pois atinge a Rede Sustentabilidade, legenda que está em fase de sua criação e que terá a ex-senadora (que obteve 20% dos votos nas eleições presidenciais passadas) como nome principal.
Segundo ela, o objetivo do encontro com Barbosa foi "manifestar nossa opinião quanto à forma atabalhoada como a lei vem tramitando no Congresso".
Ela estava acompanhada dos deputados Roberto Freire (PPS-SP), Alfredo Sirkis (PV-RJ), Domingos Dutra (PT-MA) e dos senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), todos críticos ao projeto de lei.
Marina também ironizou a criação do 39º ministério e a escolha de Guilherme Afif (PSD) para chefiá-lo. "Lembra que Afif levantou história do muro na campanha do Lula? Ele agora removeu o muro que parece que existia entre eles."