Folha de S. Paulo


Justiça proíbe Lindbergh de fazer promoção pessoal em propaganda do PT

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro proibiu que o senador Lindbergh Farias (PT), pré-candidato do partido ao governo estadual, faça promoção pessoal nas veiculações de TV e rádio que o PT fará no Estado nesta noite de segunda-feira (6).

A proibição atende um pedido feito pelo procurador regional eleitoral Maurício da Rocha Ribeiro. Lindbergh disse que irá recorrer da decisão.

Para Lindbergh, candidatura do PT no Rio é boa para Dilma
Sérgio Cabral diz que Pezão é o candidato a sucedê-lo, e não Lindbergh

Eduardo Naddar - 18.set.2009/Folhapress
Senador Lindbergh Farias, pré-candidato ao governo no Rio
Senador Lindbergh Farias, pré-candidato ao governo no Rio

"Quem faz propaganda eleitoral antecipada se coloca numa situação de vantagem sobre os demais concorrentes. A Procuradoria Eleitoral está atenta para buscar coibir abusos dos pré-candidatos.", afirmou Ribeiro.

Há outro pedido de liminar da procuradoria que pede a fixação de uma multa de R$ 50 mil por cada dia de uso indevido da propaganda partidária.

Como pedido final da ação, o procurador quer que o tribunal condene o PT-RJ à perda de tempo equivalente a cinco vezes ao da eventual veiculação ilícita e que o senador receba uma multa entre R$ 5 mil e R$ 25 mil. Todos os pedidos foram aceitos pelo tribunal.

Nas representações, o procurador cita trechos que atestam o uso indevido da propaganda partidária.

Nelas, Lindbergh faz declarações de que "o Rio precisa de um governo que governe com os dois olhos bem abertos" e de que o Estado "será melhor ainda quando os trens da Supervia que passam por todo o subúrbio, pela zona oeste e pela baixada virarem metrô de superfície".

A decisão do petista de concorrer ao cargo vai contra as intenções do governador Sérgio Cabral (PMDB) que pretendia manter no âmbito estadual a aliança PT-PMDB, mas não abre mão da "cabeça da chapa.

Para a sua sucessão, Cabral lançou o vice-governador Luiz Fernando Pezão.

"Obedecemos a liminar e mudamos a fita. Agora, vamos recorrer. O que falei foi dos problemas do Rio. Não considero campanha antecipada", disse Lindbergh.


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