Folha de S. Paulo


Governo afirma que fará mesa de negociação permanente com centrais

A Central Única dos Trabalhadores e o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) anunciaram nesta quarta-feira (1º) que o governo vai abrir uma mesa de negociação permanente com as centrais trabalhistas.

As conversas começam no dia 14 de maio. Um dos temas em debate será o projeto de lei 4.330, que libera a terceirização de atividades-fim nas empresas.

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No evento da CUT no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, em comemoração ao Dia do Trabalho, o presidente da central, Vagner Freitas, disse que o projeto do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) "tramita de forma muito rápida do Congresso, e isso é um problema gravíssimo".

Para ele, o projeto é ruim por precarizar o emprego. "Não vamos permitir que ele passe."

Além disso, as negociações irão tratar de informalidade no trabalho, da rotatividade e da convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que determina a necessidade de negociação coletiva entre governo e servidores públicos.

Segundo o sindicalista, não serão discutidos fim do fator previdenciário e menor jornada de trabalho, bandeiras das centrais.

"Isso torna mais possível um acordo, disseram que não vão negociar esses pontos agora. Mas não quer dizer que a CUT não vai seguir pressionando", disse Freitas.

Outro tema citado no evento foi a inflação. Representando o governo, Carvalho e o ministro Manoel Dias (Trabalho) reafirmaram que ela está controlada. Os representantes da CUT utilizaram o palco para criticar a alta dos juros.

Além do ato político, o evento contou com shows de artistas como Fernando & Sorocaba, Leonardo, Belo e Oswaldo Montenegro.

Também em São Paulo aconteceu outro ato organizado pelo Força Sindical e outras três centrais. Nele, o deputado Paulinho da Força (PDT-SP) criticou a presidente Dilma Rousseff ao afirmar que ela não tem coragem de participar da comemoração.

Um dos destaques do evento da Força foi o senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato à Presidência.


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