Folha de S. Paulo


Cid Gomes quer discussão oficial no PSB sobre candidatura ao Planalto

O governador do Ceará e presidente do PSB no Estado, Cid Gomes, vai propor à direção nacional do partido que comece a discutir oficialmente se lançará ou não a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à Presidência.

Representante da ala "dilmista" do partido, Cid Gomes convocou nesta segunda-feira (22) uma reunião da executiva estadual do PSB. Nela, seus integrantes decidiram que será enviado já na terça-feira (23) um ofício à executiva nacional solicitando uma reunião do partido para discutir o assunto.

'Está perdendo a noção', diz Cid Gomes sobre Eduardo Campos
Ciro quer debate no PSB sobre candidatura "inoportuna" de Campos

André Borges - 22.out.12/Folhapress
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB)
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB)

"O assunto [candidatura própria] já está no mundo e é importante que o partido tenha uma posição oficial sobre isso", afirmou Cid. Para ele, não é preciso decisão imediata, mas o importante é que o debate comece.

Campos não assumiu candidatura publicamente e diz que só discutirá 2014 no próximo ano. No entanto, o socialista movimenta-se nos bastidores em busca de apoio político.

Cid afirmou que a executiva nacional "tem se reunido muito pouco" e disse que, por isso, seus membros "deverão ver com boa vontade" o pedido.

Pessoalmente, Cid e seu irmão Ciro Gomes já manifestaram oposição a uma eventual candidatura do governador de Pernambuco, que também é presidente nacional do PSB.

Ciro a classificou de "inoportuna" na semana passada. Eles preferem o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff e têm feito críticas ao correligionário. Especula-se que ambos possam deixar a sigla se o PSB optar pelo voo solo em 2014.

"[O apoio a Dilma] é minha opinião pessoal, mas eu queria que o partido tratasse a questão formalmente e se possível evoluísse na definição de uma diretriz partidária. Que as coisas se esclareçam e a gente possa oficialmente se posicionar já com uma decisão partidária e não com opiniões pessoais", disse Cid.

Questionado, ele não quis dizer se acompanhará o partido caso a decisão seja pelo lançamento da candidatura de Campos.


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