Folha de S. Paulo


Ciro quer debate no PSB sobre candidatura "inoportuna" de Campos

O ex-ministro Ciro Gomes (PSB) afirmou nesta terça-feira (16) que irá abrir uma discussão interna em seu partido para mostrar que uma eventual candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), seria "inoportuna".

Ele diz, porém, que irá apoiar uma eventual postulação do pernambucano caso a maioria do partido decida lançá-lo.

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Divulgação -26.fev.2013
Ciro Gomes dá palestra em evento para empresários na Bahia
Ciro Gomes dá palestra em evento para empresários na Bahia

"Se meu partido tiver candidato, depois que fizer minhas ponderações, vou acompanhar o partido. Mas vou fazer uma discussão dizendo que a candidatura é inoportuna."

O ex-ministro afirma que seu pensamento é "complexo": defende candidatura própria mas aponta "incoerência" em disputar o Planalto na condição de sigla aliada ao governo Dilma Rousseff.

Ciro diz que em 2010, quando se apresentou como pré-candidato à Presidência pelo PSB e Dilma era ainda pouco conhecida, o seu partido decidiu apoiá-la. "Qual a explicação para mudar de posição agora?", questionou.

"Está bom mas podemos fazer melhor? Isso é conversa de marqueteiro. O Brasil precisa de debate profundo de ideias", afirma o ex-ministro, em crítica ao slogan de Campos.

"O PSB não tem ideia nenhuma, pelo que eu saiba", disse, ponderando que Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (Rede), possíveis candidatos em 2014, também não possuem.

Ciro diz que Campos é o mais preparado dos três. "Mas é zero de ideia". Afirmou ainda que o governador de PE "faz um discurso também reacionário quando vai conversar com empresários reacionários de São Paulo". "Vamos disputar com a Dilma pela direita?"

Ele também voltou a criticar a relação do governo Dilma com o Congresso. Disse que a gestão é "de base fisiologista, clientelista e suscetível à corrupção".

Questionado sobre essa crítica, faz referência à aliança do governo federal com o PMDB e o apoio à eleição de Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência do Senado e de Henrique Alves (PMDB-RN) à presidência da Câmara dos Deputados.


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