Folha de S. Paulo


Lula e Dilma fazem coro contra "efeito tomate" na inflação

A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentaram nesta segunda-feira (15), em evento do PT em Minas, afastar o risco de persistência de alta da inflação e sinalizar que o "efeito tomate" não vai abalar a economia brasileira.

Em Belo Horizonte, onde participou de um seminário em comemoração dos dez anos do partido na Presidência, a presidente disse que a inflação está sob controle. "A tendência da inflação é de queda, eu asseguro a vocês", afirmou.

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O fruto, cujo preço mais que dobrou no último ano, tornou-se símbolo da alta geral dos preços de alimentos e da inflação persistente.

Dilma afirmou que o controle da alta de preços foi uma conquista do PT na Presidência e que, durante o governo do partido, a inflação nunca esteve acima do teto.

"Não faço nunca negociação e nem concessão com inflação. Vamos sempre combater", afirmou. "Não fazemos concessão mas também não abrimos mão da estabilidade, e isso não se confunde com a recessão e desemprego", acrescentou.

Em discurso feito antes da fala da presidente, seu antecessor e padrinho político disse que a presidente não vai deixar que um "tomatezinho" abale a economia do país.

"Tenho ouvido discurso que eles [oposição] têm feito, a novidade do tomate. O que eles não sabem é que uma mulher calejada na luta como essa mulher não vai permitir que um tomatezinho venha quebrar as forças da economia e de um país que teve povo que aprendeu viver com inflação controlada", afirmou Lula.

"Não vamos jogar tomate nos adversários porque aí sim pode causar inflação", disse.

Em seu discurso, o petista disse que "nunca tivemos motivo e razões para ter tanta tranquilidade quanto temos agora", com Dilma no governo. "Este país, que já teve Getúlio, Juscelino, que já teve Lula, esse país tem nessa mulher a pessoa que mais chegou preparada para governar esse país." (LUIZA BANDEIRA E PAULO PEIXOTO)


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