O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e a Eucatex defenderam a legalidade da transferência de bens da companhia da família Maluf para a empresa ECTX, do mesmo grupo empresarial.
A assessoria de imprensa do deputado afirmou que a operação é legal e foi aprovada por todas as autoridades.
Promotoria acusa Maluf de blindar bens de empresa
"Trata-se de uma perseguição continuada e inócua do promotor Silvio Marques, porque, por preceito constitucional, o deputado federal Paulo Maluf não pode ser diretor e nem membro do conselho de administração de qualquer empresa", diz a assessoria.
Indagado sobre a transferência dos ativos para a ECTX, o vice-presidente da Eucatex, José Antônio Goulart de Carvalho, disse que a acusação do Ministério Público "não faz o menor sentido e não há esvaziamento nenhum" pois a Eucatex é a dona de 100% da ECTX.
"A ECTX está exercendo a atividade produtiva, mas o patrimônio dela, em última instância, é da própria Eucatex", disse Carvalho.
Segundo o executivo, a criação da ECTX vai permitir que o grupo empresarial possa entrar em um novo modelo de gestão no mercado de capitais no qual há mais transparência, principalmente para os acionistas majoritários.
"O que está se fazendo é um movimento para levar a empresa para um segmento de governança máxima da Bovespa [Bolsa de Valores de São Paulo], no sentido de dar mais transparência à gestão da empresa. Queremos com isso atrair mais a atenção do mercado de capitais e fazer com que nossa empresa seja vista com mais valor", afirmou Carvalho. (FLÁVIO FERREIRA)