Folha de S. Paulo


Dilma agenda reunião com Lupi para oficializar troca no Ministério do Trabalho

A presidente Dilma Rousseff convocou nesta sexta-feira (15) o presidente do PDT, Carlos Lupi, para, às 17h, oficializar a saída de Brizola Neto do Ministério do Trabalho.

Lupi estava no Rio e desembarca em Brasília agora no início da tarde. O nome do partido para substituir Neto é o de Manoel Dias, secretário-geral do PDT. "Recebi o comunicado de estar no Palácio, onde será oficializado o nome do PDT para substituir Brizola Neto", disse Lupi à Folha.

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Fábio Braga - 1º.mai.12/Folhapress
Brizola Neto, que deve perder o cargo
Brizola Neto, que deve perder o cargo

"Manoel Dias tem total confiança nossa. É uma pessoa que tem história coerente com o partido."

Procurado pela reportagem, Dias disse que não recebeu o comunicado, mas não descartou a possibilidade de assumir o cargo. "Se eu for, vou pelo partido", afirmou.

Questionado sobre sua ligação com Lupi, que caiu em 2011 da mesma pasta após uma série de suspeitas de corrupção, Dias disse: "É uma obrigação minha ser ligado ao Lupi. Não posso criar dificuldades para o partido".

Manoel Dias é aliado de Lupi e assume o ministério após Brizola Neto perder o respaldo do partido.

Ameaçado de perder o cargo, Brizola Neto escancarou, em entrevista à Folha, a guerra contra desafetos políticos, principalmente contra Lupi.

'FAXINA'

Grajaú de Fato
Então ministro, Carlos Lupi (PDT) desembarca de avião que
Então ministro, Carlos Lupi (PDT) desembarca de avião que foi providenciado por empresário

Em dezembro de 2011, Carlos Lupi (PDT) saiu do Ministério do Trabalho. A crise contra o ministro começou após reportagem da revista "Veja" informar o envolvimento de servidores e ex-servidores do ministério em um esquema de cobrança de propinas que revertia recursos para o caixa do PDT.

Após a reportagem, Lupi afastou um dos envolvidos e afirmou que só deixaria o governo "abatido por bala". A presidente não gostou das declarações e ele se retratou logo depois.

No dia 12, uma nova publicação da "Veja" denunciou o uso de avião contratado por um dono de uma rede de ONGs beneficiária de convênios de mais de R$ 10 milhões com o Ministério do Trabalho.


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