Folha de S. Paulo


Renan e Taques formalizam candidaturas à presidência do Senado

Os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Pedro Taques (PDT-MT) oficializaram nesta sexta-feira (1º) as duas candidaturas à presidência do Senado.

Os dois formalizaram suas indicações logo após a abertura da sessão que vai definir o novo comando da Casa, por intermédio dos líderes do PMDB e do PDT.

Renan é favorito, com o apoio do Palácio do Planalto, mesmo depois da denúncia que o procurador-geral da República encaminhou ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o peemedebista.

Segundo a revista "Época", o Procurador-geral da Republica, Roberto Gurgel, denunciou Renan sob acusação de ter cometido três crimes: falsidade ideológica, uso de documentos falsos e peculato.

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Lula Marques - 31.jan.2013/Folhapress
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL)
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL)

Em 2007, Renan tornou-se suspeito de pagar despesas pessoais com dinheiro de Cláudio Gontijo, que trabalha para a empreiteira Mendes Júnior.

Para justificar que tinha renda para fazer os pagamentos, Renan apresentou documentos e afirmou que tinha ganhos com a venda de gado. O senador pagava uma pensão mensal à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.

O senador evitou comentar a denúncia. Disse que "não viu" o seu teor, por isso optou por manter-se em silêncio. O peemedebista afirmou que vai fazer sua defesa no discurso que fará durante a sessão.

Aliados de Renan calculam que o peemedebista deve ser eleito com cerca de 60 votos. O grupo dos senadores "independentes", que lançou Taques, diz ter o apoio de cerca de 20 parlamentares. A votação é secreta.

O grupo pró-Renan ainda negocia os demais cargos na Mesa Diretora. O PSDB, que rompeu ontem o apoio a Renan, indicou o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) para a primeira-secretaria do Senado - mas corre o risco de perder o cargo se os votos efetivamente forem contra Renan.

"Vamos esperar o placar da votação para definir se teremos candidato à primeira-secretaria", disse o senador Gim Argello (PTB-DF).

Na prática, aliados de Renan esperam o placar para ter certeza de que integrantes da bancada do PSDB votaram no candidato do PSDB mesmo depois que os tucanos fecharam o apoio a Taques. Se perceberem que a dissidência foi grande, estudam lançar um nome da base aliada para a primeira-secretaria, em retaliação ao PSDB.


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