Folha de S. Paulo


Maioria dos leitores é contra o modelo do 'distritão', mostra enquete

Ed Ferreira/Folhapress
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, durante reunião de líderes para tratar da reforma política
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, durante reunião de líderes para tratar da reforma política

A maioria dos leitores da Folha não considera o "distritão" uma boa alternativa ao atual modelo de escolha de deputados federais, estaduais e vereadores. Patrocinado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o projeto foi rejeitado pelos deputados na terça-feira (26).

Em enquete do jornal, 59% dos leitores consideram que o "distritão" reduz a representação de minorias, enfraquece os partidos políticos e favorece a formação de oligarquias. Para esse grupo de leitores, apenas os candidatos mais conhecidos e com muitos recursos seriam beneficiados.

Já 41% dos que participaram da enquete consideram o modelo uma boa alternativa. Para esse leitores, uma das vantagens do "distritão" é que ele é mais simples, já que apenas os mais votados nominalmente seriam eleitos. Dessa maneira, sem os "puxadores de votos", não haveria mais o risco de eleger um candidato sem representatividade.

Ao todo, foram computados 157 votos na enquete.

TERCEIRIZAÇÃO

Na enquete anterior, a Folha perguntou aos leitores se o projeto que libera as "terceirizações é benéfico para o país.

Para 60% dos leitores, ele não traz vantagens. Para esse grupo, o ele reduzirá salários e direitos trabalhistas e beneficiará apenas os empresários.

Para eles, a Justiça do Trabalho já determinou que as terceirizações não podem ocorrer na atividade principal da empresa. Dessa forma, avaliam que o projeto não é benéfico para o país.

Já para 40% dos leitores, as terceirizações trarão benefícios, como a redução de custos das empresas e a geração de empregos. Para esses leitores, a terceirização é uma tendência mundial e o projeto garante os direitos dos terceirizados.

Na avaliação desse grupo, a contratação de pessoas jurídicas já é proibida pela lei quando visa burlar a CLT.

Participaram da enquete 436 leitores.


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