Folha de S. Paulo


Maioria dos leitores concorda com criação de "lista negra" para locais com preços altos

Reclamações contra os altos preços cobrados por alimentação, entretenimento e serviços em geral ganharam voz nos últimos dias com a criação de um site que incentiva o boicote a "qualquer coisa que saia do razoável" --como se apresenta o BoicotaSP.

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A página divulga informações sobre estabelecimentos com preços "salgados" em São Paulo e relatos de seus consumidores. Em menos de um mês, ela ganhou mais de 40 mil adeptos e só na primeira semana rendeu cerca de 300 comentários.

Em texto publicado no início do mês, o colunista da Folha Gilberto Dimenstein questionou até que ponto é justo cobrar R$ 75 por um frango assado ou R$ 36 por um omelete em São Paulo, um das cidades mais caras para se comer no mundo.

Na semana passada foi a vez dos restaurantes alvos do boicote na capital paulista responderem às críticas repercutidas no site. Nomes como Rose Crochiquia, supervisora da rede Ritz, e Alex Atala, chef do restaurante Dalva e Dito, justificaram os valores altos aos custos com ingredientes de qualidade.

Em artigo na seção Tendências/Debates, na Folha, o "restauranteur" Olivier Anquier saiu em defesa dos estabelecimentos, ao demonstrar "indignação e tristeza" pelas denúncias do site, que definiu como "atitude agressiva e covarde".

A maioria dos leitores da Folha (86%), entretanto, concorda com a criação de uma "lista negra" de estabelecimentos com preços considerados altos. Apenas 14% se disseram contrários às críticas dos usuários.

Em quatro dias, a enquete contabilizou 1.771 votos.

Divulgação
Restaurante na cidade de São Paulo
Restaurante na cidade de São Paulo

MAIORIDADE PENAL

Na semana passada, o Painel do Leitor perguntou se os leitores eram a favor ou contra a redução da maioridade penal no Brasil. Para a maioria dos leitores da Folha (91%) que respondeu à pergunta, o Brasil deveria seguir o exemplo de outros países em que menores de 18 anos respondem criminalmente por seus atos.


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