Folha de S. Paulo


Leitora reclama de novas faixas de ônibus em São Paulo

É um absurdo o secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, dizer que estudou meses para fazer o que está aí nas ruas de São Paulo. Pegou-se um balde tinta branca, um pincel e fizeram corredores de ônibus pela cidade, na pista da direita. Que estudo e trabalho é esse? Ele não acompanhou a dinâmica do trânsito nos bairros e não houve um equilíbrio nos horários. Para fazer isso que está aí, eu acho que não precisa de meses de estudos e nem de universidade.

Exemplo dessa ignorância atinge a avenida Paulista. Como último recurso, se fizessem uma faixa de ônibus na esquerda não iria atrapalhar tanto, pois não há entrada direta da Paulista para esquerda (retorno). Uma faixa exclusiva, na direita, para ônibus na Paulista é como tirar o direito de ir e vir do cidadão, pois ela é uma avenida com vários escritórios, bancos, lojas, museus, hospitais etc. E, convenhamos, ela não é uma via expressa e ainda possui 3 estações de metrô.

Na semana passada eu presenciei, fora do horário de pico, os ônibus correndo na pista da direita, não deixando os táxis pararem para quem fazia sinal. Os carros que precisavam entrar nas garagens dos prédios sofriam a pressão dos ônibus acelerando atrás.

Outro caso patético é o que está acontecendo em Interlagos. Precisa-se de 40 a 60 minutos, fora do horário de pico, para sair desse bairro. Lá já existem 2 corredores de ônibus maravilhosos, realizados na administração de Marta Suplicy, os quais eu utilizo, sinceramente não há necessidade de mais corredores de ônibus aqui.

Além do mais, para que as pessoas larguem os carros nas garagens, os ônibus devem ter qualidade (com ar-condicionado), e não serem essas latas velhas.


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