Folha de S. Paulo


Gylmar dos Santos Neves foi fechar o gol no time do céu, diz leitor

Meu ídolo eterno no futebol, desde os 10 anos de idade, quando, morando no interior, em Ourinhos, passei a gostar de futebol e a ser corintiano, foi para o andar de cima para jogar e fechar o gol no time do céu.

Na minha infância, quando eu via no jornal "A Gazeta Esportiva" fotos do Gylmar posando ao lado de garotos de cidades onde o Corinthians ia jogar, sentia um desejo enorme de um dia poder sair numa foto ao lado dele. Infelizmente, não consegui realizar esse desejo que era um sonho para mim.

Mas, em 1960 vim morar em São Paulo, no bairro da Penha, fiquei sócio do clube do Corinthians, fui assistir um treino do time de futebol e tive a oportunidade de ficar ao lado do Gylmar sentado nos degraus da arquibancada. Ele estava brigado com o Wadih Helu, presidente do clube, não treinava junto com os titulares do time e negociava a sua transferência para o Santos.

Foi como se eu tivesse conseguido realizar aquele sonho.

Arquivo pessoal
50 anos depois, Edmir Peixe realizou o sonho da infância tirando uma foto com o ídolo Gylmar do Santos Neves
50 anos depois, Edmir Peixe realizou o sonho da infância tirando uma foto com o ídolo Gylmar do Santos Neves

Nos anos 1980, um amigo meu, José Carlos, era sócio do clube Sírio, disputava campeonato de futebol interno dos sócios e o técnico do seu time era o Gylmar.

Sabendo da minha admiração por ele, um dia o José Carlos convidou-me para ir ao Sírio e me proporcionou a oportunidade de contar ao Gylmar o meu desejo do tempo de criança e pegar um autógrafo dele numa foto do time do Corinthians.

No dia 29/11/2005, estive no evento do lançamento oficial do livro "Tributo a Gylmar", em comemoração aos seus 75 anos de vida. Ele tinha tido um AVC em 2000 e encontrava-se numa cadeira de rodas. Foi muito triste para mim vê-lo assim. Dei um abraço nele, contei novamente o meu desejo do tempo de criança e tirei uma foto ao seu lado.

Esse momento foi para mim a realização daquele sonho do tempo de criança, 50 anos depois.

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