Os dados econômicos são contraditórios, mas não há nada que indique um descontrole.
O país vem crescendo de modo bipolar, mas com tendência positiva preponderante. A maioria das empresas tiveram lucro. O emprego está estável. Mas há, de novo, uma sensação de manada desesperada. Agora é a alta do dólar. O real valorizado já foi alvo de críticas, pois prejudicava as exportações e ajudava no deficit da balança. Agora, o real depreciado aumenta a inflação e o endividamento das empresas, pois estas dependem de muitos produtos da cadeia produtiva cotados em dólar.
Se houvesse um pouco de bom senso e paciência haveria mais entrada de dólares devido ao aumento da exportações, o que equilibraria tudo.
O mesmo vem acontecendo com a inflação dos alimentos, que era um problema. Mas com a entrada da nova safra no mercado e a melhora das condições climáticas, ela vem desacelerando.
Mas o quadro social, político e econômico atual não preza pela racionalidade. Na mídia, elites e classe média encontra-se um ranço antipetista que se instalou desde a posse de Lula.
É notório que nunca aceitaram o governo atual. Antes, diziam que o metalúrgico iria quebrar o país, o que não aconteceu. Depois veio o mensalão, os acidentes aéreos, a crise das hipotecas americanas, a crise europeia. Nesses meios o país sempre esteve à deriva e, no entanto, sempre se reergueu. Agora, há o desgaste de dez anos do PT no poder, algo natural, mas que está contagiando as classes baixas. Tudo isso somado transforma-se em uma manada tresloucada.
Existem os problemas --nesse mundo nada é perfeito-- mas nada que justifique o estado desesperador que se nos apresenta o noticiário diário.
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