Folha de S. Paulo


'Está difícil manter a confiança na economia brasileira', diz leitor

Está difícil manter a confiança que até há pouco havia na economia brasileira.

Balança comercial em decomposição, com déficit de US$4,7 bilhões no ano. Em 2012, neste mesmo mês de agosto, o saldo, embora declinante, era confortavelmente superavitário. Agora, deficitário.

Quem sabe com a alta do dólar, que já atinge R$2,40, as nossas exportações não melhorem um pouco e as coisas se equilibrem? Alguém apostaria nisso?

Mas, ainda que tal ocorra, a alta cambial - que parece ter vindo para ficar - trará impacto negativo na inflação, que reduzirá o poder de compra dos trabalhadores, já bem endividados.

Como o desajuste fiscal das contas públicas só se acentua, já que o governo gasta mais que arrecada (o que é inflacionário), resta ao BC continuar elevando a taxa básica de juros Selic, para conter a demanda e esfriar o movimento de alta, o qual, por sua vez imporá uma ducha de água fria nos negócios, num momento em que colhemos sucessivos pibinhos.

Com a arrecadação tributária estagnada, isso não vai ajudar em nada os cofres públicos. O que, felizmente, ainda 'segura as pontas' no país é o agronegócio, bastante superavitário, em que pese as deficiências da infraestrutura do país "do portão para fora", como se diz. Embora seja a única coisa aparentemente positiva no horizonte, o "agro" é alvo preferencial da fúria do MST, um dos dinossauros de nossa esquerda jurássica, que gostaria de vê-lo transformado em "agricultura familiar". Vá alguém entender o Brasil.

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