Folha de S. Paulo


Problema não se resolve com entrada de médicos estrangeiros, diz leitor

A ideia corrente que vem na cabeça das pessoas e de boa parte da mídia é que nós (os médicos) estamos fazendo jogo de corpo e reserva de mercado, quando somos contrários a entrada de médicos estrangeiros sem validação do diploma.

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Mostram grandes áreas populacionais sem médicos (sempre área carente), denotando a insensibilidade do profissional local. Já o colega de fora, quase um médico sem fronteira, virá abraçar a causa do povo brasileiro, arregaçando as mangas e trabalhando em rincões que o elitista medico nacional não quer. Não se trata disso. Lugar sem médico é um lugar sem professor, sem escola, sem engenheiro, sem juiz, ou seja, regiões onde é difícil fixar qualquer profissional.

Convivemos com um sistema universalizado e deficitário e sujeito às investidas da demagogia do Legislativo onde leis são criadas sem a correspondente regulamentação, fiscalização e recursos para implementação das ações.

O problema é complexo e exige soluções a longo prazo. Um grande pacto nacional deve ser realizado para solucionar o problema do atendimento médico (uma fração, do que se costuma chamar de saúde publica). As entidades representativas dos profissionais da área devem ser chamadas, assim como as universidades.

Humberto Salgado Filho é cirurgião pediátrico


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