Folha de S. Paulo


Para professor da rede estadual, política de cotas pode levar a formação deficiente

Estudei no extremo sul da cidade de São Paulo, em escola municipal, depois em escola estadual comum, fui fazer faculdade de Matemática, decidi tentar entrar em uma pública.

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Estudei sozinho e com a ajuda da minha namorada (hoje minha esposa), assistindo ao programa "Vestibulando", da TV Cultura, em tempo que não existiam cotas. Passei na Unicamp, na época uma das melhores na área.

Não foi fácil me formar. Hoje sou professor da rede estadual pois optei por lecionar em escolas públicas (de onde eu saí).

Não sou contra as cotas, porém, uma política equivocada pode levar a uma formação deficiente. É o que acontece com nossa educação básica. Seria mais justo melhorar neste nível do que tentar criar um mecanismo de ingresso no ensino superior que só mostra o quanto o aluno é mal formado.

Culpa do professor? (Falam da má formação do professor!) Ainda não, não é o que vejo.

Será que não está na hora de revermos nossas políticas educacionais para o ensino básico?


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