13/04/2013
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08h02
Para leitora, papa Francisco engrandece a Igreja Católica
LEITORA MÔNICA CABRAL DE MELO
DE SIMÃO DIAS (SE)
Despretensioso e humilde são alguns dos adjetivos que vêm ecoando nos noticiários de todo o mundo com a finalidade de traduzir a característica mais marcante do novo papa: a simplicidade.
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O homem de olhar doce anunciado pela fumaça branca da capela Sistina dispensa carro oficial, adereços pomposos do traje papal e com variados gestos de disponibilidade em relação ao seu próximo, quebra, de forma enfática, o tradicional distanciamento entre os papas e seus fiéis.
Também de acordo com especulações atuais, João Paulo 2º vem sendo citado como o precursor dessa relação de proximidade entre papa e povo. Porém, Jorge Bergoglio, o papa Francisco, aprimora essa relação com a força da afetividade latina.
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L'Osservatore Romano - 30.abr.2013/AP |
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Papa Francisco enxuga pé de adolescente em cerimônia de lava-pés na casa de detenção onde rezou missa, em Roma |
Na terça- feira (19/3), por exemplo, na missa de coroação do seu pontificado, foi noticiado que o papa Francisco instruiu os organizadores para que não houvesse distribuição de convites para a ocupação das cadeiras na praça de São Pedro e que as pessoas as ocupassem por ordem de chegada. E assim seguem os primeiros dias do papado de Francisco: uma frequente quebra de protocolos.
Creio que por esta razão, as câmeras parecem mais ávidas para o registro dos passos de um papa que destoa, com seu afeto livre, na sisuda cidade do Vaticano. Sem dúvida, ele é um novo papa, uma nova referência.
O exercício de sua santidade apresenta manifestações de ensinamentos de Cristo, sobretudo a preocupação com as pessoas menos favorecidas socialmente, a simplicidade e disponibilidade para servir. Independente do seu conservadorismo, Francisco proporcionou a Igreja Católica um salto rico com chinelos, literalmente, franciscanos.
Mônica Cabral de Melo é psicóloga