Folha de S. Paulo


Coleção Folha traz história do bluesman Magic Slim

Miguel Vidal - 25.jul.2007/Reuters
ORG XMIT: 301801_1.tif Jazz musician Magic Slim of the U.S performs during the Pontevedra Jazz Festival in northwestern Spain July 25, 2007. REUTERS/Miguel Vidal (SPAIN
Magic Slim durante apresentação no Festival de Jazz e Blues de Pontevedra, Espanha, em julho de 2007

A Coleção Folha Soul & Blues leva às bancas no primeiro domingo de setembro (6) um livro-CD contando como Magic Slim se tornou um dos bluesmen mais notados de Chicago e do mundo.

O 27° volume da Coleção vem acompanhado de uma compilação de dois LPs do artista lançados em 1983. Assim como fizeram B. B. King e Buddy Guy, Morris Holt deixou o Mississipi para tentar a vida de músico em Chicago, onde se tornou Magic Slim.

Porém, diferentemente de seus concorrentes que desenvolveram um estilo mais urbano e polido, Slim cultivou o blues rural típico de seu Estado, o que resultou em um som tocado da maneira mais simples e rústica possível e com energia e agressividade.

No palco, ele e seu grupo, os Teardrops, eram considerados imbatíveis: a presença do gigante Slim, com seus 1,98 m, disparando solos de guitarra estridentes causava um forte impacto. "Se você não pular da cadeira, alguém te sedou", afirmou Dick Shurman, articulista da revista "Juke Blues".

Além da mágica de Slim, a intensidade e o entrosamento de sua banda podem ser explicados pelo longo período em que permaneceram juntos. Com músicos devidamente pagos, o grupo teve poucas alterações na formação ao longo de décadas.

Magic Slim veio ao Brasil várias vezes entre 1989 e 2008, tornando-se um dos músicos de blues mais populares no país. Por onde passava, o público em coro repetia: "Hey, hey, the blues is alright!", em referência à canção "The Blues Is Alright".

Em janeiro de 2013, quando abria um show de Johnny Winter, precisou ser hospitalizado às pressas. Slim ficou internado até 21 de fevereiro, quando não resistiu a uma cirurgia para tentar conter uma úlcera hemorrágica e morreu, aos 75 anos.

Seu filho assumiu a liderança do grupo, que continua na ativa, agora como Shawn Holt and The Teardrops.


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