Ao longo de sua trajetória, Elis Regina manteve parcerias que lhe ajudaram a moldar ou a redirecionar sua carreira. Uma das mais bem-sucedidas foi com o cantor Jair Rodrigues. O volume da Coleção Folha O Melhor de Elis Regina que vai às bancas no domingo (13) apresenta um registro dessa dupla.
Em "Dois na Bossa nº 2", gravado ao vivo no teatro Record, em São Paulo, e lançado em 1966, os dois cantam sambas de Baden Powell, Vinicius de Moraes, Gilberto Gil, Edu Lobo, Chico Buarque e Zé Keti, entre outros.
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Capa do disco "Dois na Bossa nº 2", que chega às bancas no domingo (13) |
A parceria havia começado com alguns shows no ano anterior e rendeu três discos. Esse quinto volume da coleção traz o segundo deles.
Abre o disco um "pot-pourri" de sambas, que inclui "Samba de Mudar" (Geraldo Vandré e Baden Powell) e clássicos como "Não me Diga Adeus" (Paquito, Luiz Soberano e João C. da Silva), "Volta por Cima" (Paulo Vanzolini) e "O Neguinho e a Senhorita" (Noel Rosa e A. da Silva).
Seguem clássicos da MPB como "Canto de Ossanha" (Baden Powell e Vinicius de Moraes) e de compositores então jovens que entrariam para o rol de favoritos de Elis.
É o caso de Edu Lobo, autor de "Upa, Neguinho" (parceria com o ator Gianfrancesco Guarnieri), e de Gilberto Gil, que colaborou com o disco com as músicas "Louvação" (coescrita por Torquato Neto) e "Amor até o Fim".
Um outro medley reúne "Mascarada" (Zé Keti e Elton Medeiros) e "Sonho de um Carnaval" (Chico Buarque) no álbum, que é encerrado pela canção "Santuário do Morro", de Adilson Godoy.