A trama de "Os Vivos e os Mortos", filme da "Coleção Folha Grandes Livros no Cinema" que chega às bancas no domingo (1/12), é simples: amigos reúnem-se para uma ceia anual e, em meio a dança, canto e poesia, surgem lembranças do passado.
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O longa de 1987 foi o último do diretor John Huston ("O Tesouro de Sierra Madre"), que morreria antes da estreia no Festival de Veneza. No fim da vida, escolheu adaptar justamente o conto "Os Mortos", do irlandês James Joyce (1882-1941).
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A atriz Anjelica Huston em cena de "Os Vivos e os Mortos", adaptação de seu pai, John Huston, para a obra de James Joyce |
Gabriel (Donald McCann) e Gretta (Anjelica Huston, filha do diretor) são o casal que, numa noite fria de 1904, vai a um jantar na casa de duas senhoras. A chance perfeita para que melancolia e nostalgia tomem posse dos presentes, que se lembram de tempos e amigos mortos.
Ao final da festa, uma canção abala Gretta. Já em casa, ela revela ao marido um segredo. A partir daí, ele divaga sobre o sentido da vida, a passagem do tempo e as perdas.
A adaptação foi louvada à época do lançamento com indicações ao Oscar de melhor roteiro adaptado e melhor figurino, e prêmios de melhor diretor e melhor atriz coadjuvante (Anjelica), no Independent Spirit Awards.