O que podem ter em comum um apartamento tríplex em São Petersburgo, um loft em Roma que conjuga habitação e estúdio de arquitetura, uma cobertura ajardinada e a mansão de uma colecionadora de arte em Milão?
Todos eles encampam o estilo contemporâneo de decoração, tema do terceiro volume da Coleção Folha Design de Interiores, que foi às bancas no domingo, dia 27.
Os seis projetos do livro documentam residências na Itália e na Rússia, mas bem poderiam servir de referência a ambientes brasileiros, tamanha é a liberdade permitida por esse estilo específico.
Editoria de Arte/Folhapress |
Isso porque o contemporâneo, menos que uma tendência definida e cheia de regras, exprime o gosto pessoal do morador e está aberto à mistura de linguagens de diferentes épocas e lugares.
Quando bem executado, o estilo pode alcançar a atemporalidade, graças ao uso de móveis de grandes designers do passado --como os modernos Saarinen e os da escola alemã Bauhaus, hoje escassos e disputados-- e de outros atuais que partem de referências antigas.
Um exemplo? A cadeira Luis Ghost, projetada por Philippe Starck em 2002, que esculpe em plástico uma versão do móvel de estilo Luís 15.
As 80 páginas do volume mostram como a decoração pode aliar em um mesmo projeto, sem chocar, elementos clássicos, ricos em detalhes, e minimalistas, limpos e neutros. Além disso, destacam as interações entre o design, a arte e a moda.
As moradias contemporâneas são marcadas pela exibição de coleções de artes, incluindo a antes produzida apenas nas ruas, como o grafite, e pelos tecidos luxuosos usados em revestimentos e paredes. Todo os elementos conversam entre si, sem comprometer o resultado.
A COLEÇÃO
São 20 volumes, a serem lançados semanalmente nas bancas a partir do próximo domingo, dia 20. Cada livro é dedicado a um estilo de decoração.
Todos esses estilos --incluindo campestre, provençal, surrealista, minimalista, vintage, ecológico e pop, entre outros abordados na coleção-- são desmistificados por especialistas do setor, incluindo arquitetos e designers brasileiros.
Cada livro tem capa brochura, 80 páginas impressas em papel de alta qualidade e está dividido em até cinco partes.
A "Introdução" insere o leitor no universo e na história do estilo em questão.
"Objetos" apresenta aqueles que são os maiores emblemas do gênero, enquanto "Temas" resume os principais tópicos que o descrevem.
Em alguns dos volumes, grandes profissionais que ajudaram a definir o estilo são lembrados em "Os Designers e as Obras".
Por fim, são apresentados entre cinco e seis projetos, amparados por texto, numerosas fotografias, plantas baixas e croquis, que são o ponto central do volume.
Um dos exemplos do primeiro número é o projeto Quant, que transformou um antigo laboratório de Stuttgart (Alemanha) em uma casa.