Folha de S. Paulo


Declaração de Marun retrata a realidade do país, afirma leitor

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Levando em conta o mal ajambrado Congresso que temos, ficaria baratíssimo se o governo comprasse os votos para a aprovação da reforma da Previdência com emendas constitucionais. Seus valores representam uma migalha perto do efeito fiscal positivo da reforma. Não adianta pessoas esclarecidas estranharem as declarações do ministro Marun. Elas são estarrecedoras, mas são a pura realidade de nosso triste país.

OSVALDO CESAR TAVARES (São Paulo, SP)

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Considerando que o trabalhador privado contribui com 20% (incluindo a contribuição da empresa) para a Previdência Social, limitado ao valor de aproximadamente R$ 5.500, que é o benefício máximo, não é justo que os servidores públicos contribuam com apenas 11% de seus salários e recebam aposentadoria integral, paga por todos os brasileiros, pobres, ricos e remediados. Isso escancara uma obscena desigualdade social, que pode ser legal, mas é imoral num país atormentado pelo deficit público.

ÂNGELA LUIZA BONACCI (Pindamonhangaba, SP)

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A Folha prestaria um grande serviço à sociedade se apresentasse cálculos atuariais sobre o valor justo de aposentadoria, bem como de idade mínima para que se aposentassem os servidores públicos, que contribuem com 11% dos seus salários integrais para a Previdência. Em alguns Estados, esse percentual chega a 14%.

GILBERTO PAULA (São Paulo, SP)

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A imprensa é livre. A mentira não deveria ser. Mesmo assim, a Folha, cedendo metade de uma página a Valdevan Noventa, do Sindmotoristas, permitiu que divulgasse inverdades profundas a respeito da Previdência. Negar o deficit, claro, contábil, acessível, e citar fontes de receita que nada têm a ver com a Previdência é simplesmente fake news. Opinião é opinião, mentira é mentira.

FRANCO FERRUCCI (São Paulo, SP)

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CORRUPÇÃO

A reportagem "Estaleiro diz que subornou Petrobras no governo FHC" comete o mesmo vício do Judiciário quando as acusações atingem políticos do PSDB: minimiza a corrupção tucana fazendo comparações com os governos petistas. Podemos esperar, pela prática um tanto monótona, que o assunto seja esquecido rapidamente pelo jornal. Um jornalismo sério iria mais fundo e lançaria luz às várias acusações já feitas aos tucanos e nunca devidamente investigadas.

JOÃO DE DEUS S. SILVA (Presidente Prudente, SP)

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MEIO AMBIENTE

Fico feliz pelo prêmio concedido, lá na Alemanha, à líder ambiental Maria Margarida da Silva. Do Brasil dos ruralistas, "bolsomitos" e filósofos inteligentinhos, uma mulher como essa só pode mesmo é esperar o descaso e o deboche. Mas ainda há gente civilizada neste mundo.

LEANDRO VEIGA DAINESI (Lorena, SP)

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JUDICIÁRIO

Quando o presidente da associação de juízes federais (Ajufe) afirma, sem nenhum constrangimento, que preocupação moral não está na pauta de suas reivindicações, acho que está na hora de fechar o boteco! Quem deveria ser exemplo de retidão moral é apenas um catador de vantagens injustificáveis. Vergonha! Que país, que autoridades!

ANAMARIA MOLLO DE CARVALHO (Brasília, DF)

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CORREIOS

A violência que barra a atuação dos Correios em um terço da cidade de São Paulo é emblemática destes tempos conturbados que vivemos. Onde aflora a concentração desordenada de nossas megalópoles, urge que lideranças legítimas da sociedade entabulem esforços concentrados no sentido de pôr fim à tragédia social antes que o caos urbano se concretize.

JOSÉ DE A. NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

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Não é somente na cidade de São Paulo que há restrições na entrega de correspondências e encomendas, e isso não é devido apenas à violência. A realidade é que os Correios, outrora um serviço eficiente, foram destroçados pela administração medíocre implantada pelo governo petista nos últimos anos. O mensalão começou ali. O fundo Postalis que o diga.

LUIZ ANTONIO PEREIRA (Jundiaí, SP)

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COLUNISTAS

Marcelo Coelho que me perdoe, mas a obra de Dale Carnegie ("Como fazer amigos e influenciar pessoas") não pode ser considerada didática. Há muitas maneiras de dizer coisas desagradáveis a outrem sem ser grosso, mal educado ou recorrer à hipocrisia para agradar e, ainda assim, educar e ser elegante.

ADEMAR FEITEIRO (São Paulo, SP)

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Ruy Castro insiste em repetir, erroneamente, que o presidente Michel Temer deu aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha pelo empresário-grampeador Joesley Batista. A frase deveria, sim, constar nas retrospectivas de 2017, mas como a maior mentira do ano. Como já reconhecido em "Erramos" da Folha, isso nunca foi dito no áudio ilegal e nunca houve concordância de Michel Temer com nenhuma ilegalidade. A frase "tem de manter isso" foi em resposta a "estou de bem com Eduardo".

MÁRCIO DE FREITAS, secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República (Brasília, DF)

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PARTICIPAÇÃO

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