Folha de S. Paulo


As pessoas não sabem o que é privatização, diz leitora sobre pesquisa

PRIVATIZAÇÕES

Sinal de que não sabem o que é privatização. Esse formato de pesquisa é feito para obter um resultado contrário, já que a desinformação no Brasil é predominante. Para o funcionalismo concursado médio e operacional, o Estado é mau gestor, mau patrão, despreza o mérito e não promove carreira. É verdadeiro pai e mãe dos comissionados, apadrinhados e outros parasitas políticos. O prejuízo nos resultados facilita o roubo e os desvios. Será que os pesquisados sabem disso?

MARCIA BARONI HORTA C. SILVA (Timóteo, MG)

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O maior exemplo de como as privatizações afetam as nossas vidas é o nosso transporte "público". Desde que me entendo por gente esse setor está na mão da iniciativa privada. Qual foi o resultado? Lata de sardinha, preços altos, insegurança. Neoliberalismo em país subdesenvolvido é levar Estado mínimo aonde o Estado jamais chegou. É piada de mau gosto.

MATEUS MAIA (Brasília, DF)

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Nada de privatizar! Voltemos ao tempo em que telefone era privilégio da elite, as rodovias paulistas mais pareciam o solo lunar, a Cosipa sugava US$ 1 milhão por dia do erário e os bancos estaduais, quebrados, elegiam governadores. Sugiro que a Embraer copie o Tupolev, que refundem a Cobra, do computador brasileiro, e a FNM. Paguemos o rombo da Petrobras. Que todos tenhamos aposentadoria de estatal, em troca do INSS.

CELSO L. P. MENDES (São Paulo, SP)

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A Folha noticiou que 70% dos brasileiros são contra as privatizações. É como consultar a população sobre o melhor tratamento para o câncer. Provavelmente 70% dirão que é homeopatia. Esse é o tipo de pesquisa que nem precisaria ser feita. Economia é modalidade que requer conhecimento técnico aprofundado, não uma consulta popular a leigos.

NUNO MARTINS (Barueri, SP)

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O mal maior não está necessariamente em privatizar. Uma estatal pode ser eficiente, como a Petrobras é (ou era). O que não pode acontecer é privatizar a empresa em nome de uma eficiência e isso não ocorrer. É o caso das teles, que ainda não resolveram os problema de sinal. É também o caso das empresas de energia, que só são boas para aumentar a conta. A ineficiência é a mesma, mesmo com todas as melhorias da tecnologia.

ANTONIO GOMES MEDEIROS (São Luís, MA)

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LEI DE MIGRAÇÃO

Cabe destacar sobre o artigo "Liberdade ainda que tardia" que o momento atual não pede opiniões xenofóbicas, pois fluxos migratórios, voluntários ou não, são um dado atual da agenda global. O Brasil busca adequar-se a esse fato. Porém, o que ocorre com a nova Lei de Migração é a falta de planejamento de sua implantação desde a sua publicação. Correções necessárias demandam que todos os envolvidos sejam ouvidos, sem discriminação.

DIANA QUINTAS, advogada (São Paulo, SP)

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UNIVERSIDADE PÚBLICA

A Folha sempre defendeu a relativização da gratuidade do ensino superior público. Em seu editorial, afirma que "as vagas são ocupadas de forma preponderante por aqueles com recursos para pagar as melhores escolas". Estranho se "esquecerem" de colocar na conta as atuais políticas afirmativas de cotas raciais e de proveniência do ensino público. Não é esse o efeito esperado? Minimizar a predominância da elite no ensino superior? Faria bem a Folha em não omitir dados da discussão para apoiar sua tese.

CHRISTIAN CRUZ HÖFLING, médico (Campinas, SP)

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É impressionante como as pessoas acham que defendem um direito de todos quando, na verdade, estão defendendo uma prerrogativa de uma minoria.

ALEXANDRE MACHADO KLEIS (Itajaí, SC)

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QUADRINHOS

Concordo plenamente com a opinião do leitor Carlos C. Balaró sobre a qualidade dos quadrinhos publicados na Folha. Também comecei a ler jornal estimulado pelos quadrinhos de Popeye, Zorro, Brucutu e outros. Agora, nos meus 85 anos, não tenho coragem de indicar os quadrinhos aos meus netos, como já fiz com meus filhos.

DÉLIO GENTIL G. CÂNDIDO (Poços de Caldas, MG)

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Sou leitor deste prestigioso periódico desde 1971 e fã de carteirinha do renomado cartunista Angeli. Achei genial a charge, de sua lavra, na qual casais miram –com lascívia– a moçoila que aprecia atentamente as obras de arte expostas. Quantos vieses...

JOÃO PAULO DE OLIVEIRA (Diadema, SP)

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SENADO

A propósito da reportagem "Caciques do Senado na mira da Lava Jato terão reeleição difícil", a Folha errou ao incluir o nome do senador Jorge Viana entre os investigados. O ministro do STF Edson Fachin o excluiu da lista. O procurador Bonifácio de Andrada reconheceu que não havia conexão com esquemas de corrupção. O caso está nas mãos de Gilmar Mendes. Será a oportunidade de provar a legalidade do financiamento de sua campanha. A reportagem nem sequer o procurou.
Olímpio Cruz Neto, assessor de imprensa do senador Jorge Viana (PT-AC) (Brasília, DF)

RESPOSTA DA JORNALISTA TALITA FERNANDES - O senador é investigado em inquérito no STF que se originou de delações firmadas na Lava Jato. Uma errata foi publicada.

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