Folha de S. Paulo


Leitores comparam votação do impeachment no Peru com o Brasil

PERU

A votação de 78 a 19, com 21 abstenções, mostra que o Parlamento do Peru agiu com responsabilidade para manter a estabilidade política do país. Apesar de contar com amplo apoio, o fujimorismo não conseguiu atingir a maioria qualificada. O partido do presidente PPK não tinha apoio suficiente sozinho para barrar o impeachment por contar com apenas 19 votos, mas os partidos aliados se abstiveram para negar o afastamento do presidente, cuja capacidade de negociação será posta à prova.

LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP)

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Diferenças: no Peru, o presidente PPK foi salvo pelo apoio e lealdade de seus vices. No Brasil, a presidente Dilma foi derrubada por articulações de seu vice.

LUIZ FERNANDO SCHMIDT (Goiânia, GO)

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ACORDO COM O CADE

Por que o governador Geraldo Alckmin não libera sua base na Assembleia Legislativa para investigar se houve ou não corrupção nas obras viárias citadas por empreiteiras no acordo de leniência com o Cade? A base tucana, ao não assinar pedidos de investigações, passa a impressão de que tem culpa no cartório e quer esconder a corrupção debaixo do tapete. Quem não deve não teme, não é, governador?

PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

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MALUF PRESO

Asquerosas, nojentas, ridículas, irritantes e, ao mesmo tempo, comprovadoras de táticas costumeiras, as fotos de Paulo Maluf saindo do IML apoiado em uma bengala que ele deve ter acabado de comprar. Elas corroboram as falsidades que ele perpetra há várias décadas, agora para criar uma imagem de alguém depauperado, doente, o que não é verdade. Há poucos dias estava lépido e fagueiro no jantar com Michel Temer. Que fique preso por todo o tempo de sua condenação. O Brasil merece.

ANTONIO PEDRO NETO (São Paulo, SP)

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CARLOS MARUN

Carlos Marun, o deputado que dançou no plenário da Câmara para celebrar a salvação de Temer e que foi recentemente empossado ministro da Secretaria de Governo, certamente um presente pela sua "lealdade", diz com orgulho ter saído do anonimato graças à defesa que fez de Eduardo Cunha, que se encontra preso. Cá entre nós, Marun não merece o mínimo respeito e confiança de quem quer que seja.

MARIA ELISA AMARAL (São Paulo, SP)

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DESVIOS NA UFSC

A Folha dispensou uma página inteira para a reportagem sobre o caso Cancellier e, mesmo assim, omitiu o mais importante do episódio. Não há nem uma linha sobre os abusos das autoridades envolvidas, que foi o que chocou a opinião pública. Foi para preservar os justiceiros da moda?

JOSÉ ZIMMERMANN FILHO (São Paulo, SP)

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EDUCAÇÃO

Este ano, de um profundo e estridente retrocesso, despede-se com a inclusão do ensino religioso no currículo escolar. No Brasil, a instrução é precária, as verbas são reduzidas, os alunos não recebem incentivos adequados, os professores ganham mal. Mas, como assinalou o editorial da Folha, há que agraciar os dirigentes das igrejas. Quanto mais avançar o ensino religioso, mais florescerão os moralistas dogmáticos, inflexíveis e tacanhos.

ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG)

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Tanto o editorial da Folha parabenizando o esperado lançamento da Base Nacional Comum Curricular e lamentando a possibilidade (ainda não resolvida) de o ensino religioso vir a ser colocado como área de conhecimento quanto a coluna de Claudia Costin apontando prioridades como a formação dos professores para a implantação dos currículos e exemplos exitosos mostram a importância do passo que foi dado —falta o ensino médio— e que os desafios são gigantescos. O caminho se dá pela educação e, finalmente, vejo possibilidades reais.

MARTA SUPLICY, senadora (MDB-SP) (Brasília, DF)

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PÓS-GRADUAÇÃO

Foi com muita tristeza que soube da possibilidade de descredenciamento de programas essenciais da pós-graduação. Gostaria de lembrar que, quando foi criado, o programa de estudos árabes e judaicos foi saudado pela comunidade acadêmica nacional e internacional como uma das maiores iniciativas para a construção de um pensamento de paz e convivência entre esses povos. Torço sinceramente para que essas avaliações sejam reconsideradas.

JOSÉ CLÓVIS DE MEDEIROS LIMA (São Paulo, SP)

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ABUSO NO CONSULTÓRIO

Sobre "Pacientes acusam médico de SP de violação sexual dentro de clínica", o Cremesp esclarece que as sindicâncias instauradas, em 2012 e 2014, para averiguar os dois casos envolvendo o médico Abib Maldaun Neto viraram processos ético-profissionais. Diferentemente do publicado, nenhum caso foi arquivado. O Cremesp trata o assunto de assédio sexual dos médicos no exercício de sua função com muita preocupação, repudiando qualquer ato que possa configurar assédio sexual ou de qualquer outra natureza.

ANTONIO PEREIRA FILHO, conselheiro e coordenador de comunicação do Cremesp (São Paulo, SP)

RESPOSTA DOS JORNALISTAS JOANA CUNHA E ROGÉRIO GENTILE - A informação sobre o arquivamento consta de documento do Cremesp no processo judicial.

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BOAS-FESTAS

A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de Andrea Matarazzo (São Paulo, SP), da Associação Nacional de Jornais (Brasília, DF), do Conselho Federal de Medicina (Brasília, DF), da SP-Arte (São Paulo, SP), da Mondeléz Brasil (São Paulo, SP), de Sofia Carvalhosa Comunicação (São Paulo, SP), da Associação de Empresas de Restauro (São Paulo, SP) e de Antonio Bernardo (Rio de Janeiro, RJ).

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PARTICIPAÇÃO

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