Folha de S. Paulo


Reforma prejudica mulheres e trabalhadores rurais, diz leitor

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Alegro-me ao ler a notícia de que o governo federal talvez não consiga aprovar a nova reforma previdenciária por falta de votos favoráveis dos deputados. Entendo que a reforma prevista prejudicará todos os grupos, mas com destaque as mulheres e trabalhadores rurais, por estarem em condições muitas vezes desfavoráveis e vulneráveis no mercado de trabalho. Envergonha-me também saber que sobram recursos, mas que eles são desviados.

RONEI JOSÉ PEINADO (Lorena, SP)

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A reforma da Previdência é necessária, mas a que está sendo proposta por Temer e Meirelles é de uma injustiça pavorosa porque mantém privilégios absurdos para militares e para os atuais deputados e senadores. Só o parlamentar que assumir um novo mandato estará submetido à reforma e ao teto. Assim, não tem como a população apoiar. Temos que igualar todo o mundo. O parlamentar que votar a favor certamente não será reeleito.

MANOEL H. M. NASCIMENTO (Porto Alegre, RS)

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VENEZUELA

Nunca me envergonhei tanto da diplomacia brasileira quanto nos últimos anos. O PT definitivamente destruiu os valores do Itamaraty e hoje vivemos entre a vergonha e o colaboracionismo com o crime político do exterior. A cumplicidade de Lula fez do Brasil aquilo que o embaixador de Israel disse com toda a realidade: somos anões da diplomacia.

RICARDO VILLAS (São Paulo, SP)

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Desigualdade social

Para a Folha, os rendimentos mais elevados recebem alíquotas modestas. A situação é mais grave do que isso, pois os lucros e dividendos, por exemplo, nem sequer são tributados no Imposto de Renda da pessoa física, do que resulta que os ricos e super-ricos são muito menos tributados do que o restante da população. Tratar dessas distorções tributárias será essencial para superar a desigualdade em nosso país.

PAULO MATSUSHITA (Jundiaí, SP)

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A Folha revela, em seu editorial, o abismo da desigualdade no Brasil. Cobra políticas de Estado para saná-lo, porém defende as reformas desse governo golpista que, na prática, só acentuarão esse abismo. Certamente —e lamentavelmente— para os editorialistas não há contradição.

LUIS HENRIQUE CARDOSO FEDELI (São Paulo, SP)

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Segundo o leitor Rodrigo Carvalho, o Estado tem sido ineficiente no combate à desigualdade social no Brasil. Discordo. Penso eu que o Estado brasileiro é uma das causas, senão a principal, dessa desigualdade.

JOSÉ MARIA ALVES DA SILVA (Viçosa, MG)

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COLUNISTAS

Ruy Castro afirmou que muitos dos nossos deputados federais e senadores mal sabem ler. Não sei se é o caso de Roberto Rocha, mas, conforme registrou Bernardo Mello Franco, o fato de o senador (vejam bem, um senador) ter perguntado a Eike Batista se ele era parente dos Batistas da JBS dá mostras do nível do Legislativo federal brasileiro.

MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)

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Sobre a coluna "O passeio de Eike", informamos que o habeas corpus concedido a Eike Batista não foi decisão monocrática, e sim colegiada, da Segunda Turma do STF. Ressaltamos que o HC 143.247 não tem como defesa o escritório de Sérgio Bermudes. Não há impedimento para atuação de Gilmar Mendes (art. 252 do CPP). Em abril, o ministro negou pedido de soltura de Eike, não tendo sido questionada a sua atuação.

GISELLY SIQUEIRA, assessora de comunicação do TSE (Brasília, DF)

RESPOSTA DO COLUNISTA BERNARDO MELLO FRANCO - Eike Batista deixou a cadeia no fim de abril, graças a uma liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes. O caso só foi julgado pela Segunda Turma do STF em outubro.

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BOTOX

Com relação à reportagem "Médicos e dentistas entram em conflito pelo direito de aplicar botox", o Conselho Federal de Odontologia esclarece que os cirurgiões-dentistas estão autorizados legalmente a aplicar botox. Não há nenhum dispositivo legal que contrarie a resolução do CFO que regulamenta a prática. A citada Lei do Ato Médico é explícita ao excluir a odontologia do seu escopo no artigo 4°: "O disposto neste artigo não se aplica ao exercício da odontologia, no âmbito de sua área de atuação".

JULIANO DO VALE, presidente do Conselho Federal de Odontologia (Brasília, DF)

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RENOVABR

O PSTU não só não participa de cursos de "formação de políticos" patrocinados pelo empresário Eduardo Mufarej como não aceita receber dinheiro de empresários. Coerente com seus princípios, o partido jamais participaria de cursos da classe dominante para ser gerente desse sistema capitalista contra a maioria do povo. Não há "representantes" do PSTU nessa iniciativa, como indica a reportagem "Fundo tem 4.000 inscritos, do PSTU ao PEN" ("Poder", 30/11). Estamos requisitando ao movimento "RenovaBR" o nome do autodeclarado filiado do PSTU e, se realmente o for, será expulso imediatamente.

ZÉ MARIA, presidente nacional do PSTU (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO JORNALISTA JOELMIR TAVARES - Não há erro. A informação de que há ao menos um representante do PSTU no processo seletivo foi repassada pelo RenovaBR, a partir da autodeclaração dos inscritos.

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