Folha de S. Paulo


Leitora critica grupo de feministas que apoia Bolsonaro

CORRUPÇÃO NO RIO

A decisão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro de desautorizar a prisão dos três deputados tem um lado educativo. Deixa claro, se é que alguém ainda tinha dificuldade de enxergar, o caráter mafioso das instituições governamentais do Rio de Janeiro de hoje.

LUÍS ROBERTO NUNES FERREIRA (Santos, SP)

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Alguém esperava que a Alerj mantivesse presos os deputados? O STF acabou criando os TCJ (Tribunais Corporativos de Justiça). Parlamentares no exercício de seus mandatos e envolvidos em crimes com autoria e materialidade comprovadas contam agora com o foro privilegiadíssimo. Para o Supremo, nem todos são iguais perante a lei.

JAYME DE ALMEIDA ROCHA NETTO (Campinas, SP)

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Vivemos num regime democrático. Nenhum deputado chegou ao poder de paraquedas. O Poder Legislativo tem autonomia em relação ao Judiciário quanto aos mandatos, segundo STF. Então não se reclame ao bispo, e sim ao ilustre cidadão eleitor, único que tem poder para eleger alguém.

WILLIAM CHARLEY DE OLIVEIRA (Brasília, DF)

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FEMINISTAS E BOLSONARO

Enquanto dezenas de grupos feministas se desenvolvem em todo o espectro da sociedade, alguns inesperados, mas consistentes, como o Católicas pelo Direito de Decidir, a Folha dá espaço para uma anedota: as "feministas" que apoiam Bolsonaro. Isso é tripudiar não só de um movimento, mas de reivindicações importante para as mulheres e homens brasileiros.

BEATRIZ BRACHER (São Paulo, SP)

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É preciso olhar com desconfiança para esse "movimento feminista". Na verdade, esse uso indevido da palavra feminismo ofende as mulheres que são, de fato, feministas. Ofende as mulheres que são vítimas de estupro, de assédio sexual e de assédio moral, situações nas quais Bolsonaro não pode absolutamente ser citado como alguém que atue na defesa de políticas públicas que ajudem as mulheres nesses tristes contextos. Parece algo montado, para confundir a opinião pública. Nem merece ser noticiado.

BEATRIZ REGINA ALVARES (Campinas, SP)

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"Feministas" apoiando nazi-fascistas equivale a perus apoiando, em passeatas de rua, o dia de Natal.

JOSE OLINDA BRAGA (Fortaleza, CE)

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CURSOS DE MEDICINA

Formar médicos custa caro. Formar maus médicos custa muito mais caro ainda. A proibição à abertura de escolas de medicina por cinco anos é uma vitória para a saúde brasileira. Mas é preciso dar outros passos importantes: cancelar os editais em curso, fiscalizar regularmente as escolas existentes e avaliar os alunos de forma sistemática. Não é uma demanda da classe médica. É de todos que se debruçam sobre o tema e avaliam os riscos da situação atual.

LINCOLN LOPES FERREIRA, presidente da Associação Médica Brasileira (São Paulo, SP)

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VIAGENS NO TRE

A AMB apoia o desembargador Mário Devienne Ferraz, presidente do TRE-SP e do colégio de presidentes dos Tribunais Eleitorais. Ao reportar viagens oficiais realizadas pelo magistrado, a Folha não se ateve ao histórico dos acontecimentos ligados às questões eleitorais. Em 2017, Devienne enfrentou o rezoneamento eleitoral, a partir de resolução do TSE, que afetou a estrutura da Justiça Eleitoral e demandou reuniões e tratativas dos tribunais em todo o Brasil, a fim de garantir a credibilidade e segurança nas eleições brasileiras.

JAYME DE OLIVEIRA, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) (Brasília, DF)

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COLUNISTAS

É imperdoável que o governo privilegie a exploração do petróleo. Precisamos urgentemente de medidas que incentivem a energia limpa no lugar de resoluções catastróficas que estimulam combustíveis fósseis. Ao ler a coluna de André Trigueiro, nós pensamos que Donald Trump fez a escolha errada ao tirar os EUA do Acordo de Paris. Mas, com as medidas do governo Temer, o Brasil também não irá cumprir as suas metas no acordo. Estamos decepcionados!

ANA CLARA BIN E ALUNOS DO 5º ANO B DO COLÉGIO ANGLO21 (São Paulo, SP)

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O que faz alguém pagar tanto em em um quadro?, pergunta Hélio Schwartsman. Simples: ele pode. Quem dera eu pudesse pagar todos os meus boletos mensais sem ter que fazer contas.

VAGNER FERNANDES (São Paulo, SP)

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Quem arremata por R$ 1,5 bilhão uma pintura do gênio Da Vinci deve ter em sua conta ou patrimônio uns R$ 200 bilhões, no mínimo. Assim, pelo prisma da relatividade, pagou uma pechincha pela obra. Não há outra explicação.

JOSÉ ANCHIETA B TORRES (Sorocaba, SP)

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Em 500 anos ninguém ouvirá Beatles, e Warhol não valerá nada, mas Vivaldi e Rembrandt estarão mais fortes que nunca.

MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)

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Pois é, Ruy Castro. Essa historia com as biografias parece não ter fim. De todo modo, é sempre bom a Folha estar alerta e bater firme na censura. Por falar em Cármen Lúcia, ela anda errando muito.

SERGIO SARACENI (Rio de Janeiro, RJ)


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