Folha de S. Paulo


Troca de comando na PF mostra que o Brasil parou no tempo, diz leitor

TROCA NA PF

A troca do comando da Polícia Federal é descaradamente uma tentativa de enfraquecer a Operação Lava Jato e "estancar a sangria" nas investigações da classe política brasileira. O delegado Fernando Segóvia chega respaldado por indicações de políticos como o investigado ministro Eliseu Padilha e o ex-presidente José Sarney, que aparece para ajudar os velhos companheiros do PMDB. Depois dessa notícia e observando os possíveis candidatos para as eleições em 2018, fica a sensação de que o Brasil parou no tempo.

ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA

As negociações visando à votação do projeto de reforma da Previdência mostram a insensibilidade no encaminhamento de uma questão que envolve milhões de brasileiros. Os entendimentos deveriam ser transparentes e envolver especialistas e representantes dos trabalhadores, não ter como objetivo apenas os aspectos econômicos. Os parlamentares por certo já estão pensando nas próximas eleições.

URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)

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Michel Temer é mais patriota que todos os presidentes após o regime militar. Diante da caótica herança, ele se expôs ao desgaste político ao assumir as imprescindíveis reformas trabalhista e da Previdência, a fim de corrigir o rumo antes que a situação se agravasse de forma incontrolável. As pesquisas confirmam que politicamente Temer está acabado. Mesmo assim, luta contra tudo e contra todos pela reforma da Previdência.

HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES (Vila Velha, ES)

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PSDB

Fico muito feliz ao confirmar no Painel que os tucanos estão brigando entre si. Ainda bem que suas vaidades e seus interesses pessoais vão impedir mais uma vez que tenhamos um presidente tucano.

CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

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COLUNISTAS

A brilhante análise que Bernardo Mello Franco apresenta nos leva a inferir que vai se completando o estafe da mais sórdida ditadura "liberal" imposta e sustentada pela elite econômica tida como uma das mais ignorantes do mundo, defensora do imaginário escravocrata. Repugnância, indignação e tristeza é constatar que aqueles que bateram panelas alienadamente se calam e aprovam as políticas mais imorais de sucateamento da democracia e da nação.

MOACYR DA SILVA (São Paulo, SP)

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TABAGISMO

O diretor-presidente da Anvisa alega que cigarros "saborizados" serviriam para atrair jovens ao tabagismo. E quanto às bebidas alcoólicas (que ferem e matam diariamente no trânsito e destroem famílias), muitas delas coloridas, adocicadas, vendidas e, pior, anunciadas livremente em todas as mídias? Dirá ele que não podem ser adquiridas ou consumidas por menores. Ué...E os cigarros podem? Terá a Anvisa se dobrado ao poderosíssimo lobby da indústria do álcool?

MAURO FADUL KURBAN (São Paulo, SP)

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URBANISMO

Diante da entrevista da secretária da prefeitura paulistana à Folha, fiquei pensando na contradição urbanista. Quintais em áreas urbanas ajudam a oxigenar as nossas cidades. Até um leigo em urbanismo sabe quanto beneficiam a todos. Pagar mais para mantê-los é inadmissível, injusto e desconcertante.

DORALICE ARAÚJO, professora (Curitiba, PR)

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DIAS MELHORES

Impressionante a reportagem sobre como William Medeiros, lutador de jiu-jítsu, foi resgatado por seu antigo professor, largou o crack, ganhou seis medalhas no tatame e, três meses depois de deixar a cracolândia, recuperou sua vida, reconquistou a ex-namorada e ainda tocou violoncelo no próprio casamento. Como dizia minha avó, "enquanto há vida, há esperança". Um exemplo maravilhoso e motivador de superação.

JOÃO CARVALHO MAIO (São José dos Campos, SP)

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RACISMO

É forçoso comparar o lamentável episódio racista envolvendo o âncora do "Jornal da Globo" ao discurso de Martin Luther King. Nele estavam expostas as fraturas da América, a dívida da nação com seus filhos e um sonho: "Tenho um sonho de que meus quatro filhos viverão um dia em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo teor de seu caráter". William Waack demonstrou, ao menos para mim, a integral mesquinhez de seu caráter. Já vai tarde!

CLÁUDIO F. MOURÃO ELIAS (Guanhães, MG)

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Para além do show de aparências que acontece dentro da TV, o episódio nos mostra o verdadeiro caráter de alguns profissionais. A fala do jornalista William Waack revela que, mesmo com tanta experiência, formação intelectual e conhecimento, uma pessoa não vai a lugar nenhum se não sabe respeitar o próximo como ele é.

LUCAS CANDEIRA (Cotia, SP)

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BIOMASSA

A defesa feita por Suzana Kahn é perfeita. Continuamos com nosso protagonismo por ter uma frota rodando a etanol há muito tempo, apesar de insistirmos em chamar o E25 de gasolina. A queima da biomassa fazemos bem, produzindo calor e eletricidade. O governo, por outro lado, prefere a política do entreguismo, desmontando nossa bioeconomia.

ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP)

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CULTURA

Na reportagem "Haddad deu R$ 30 mi a grupos de dança que julgavam a si mesmos", a Folha insinuou que a gestão Haddad teria favorecido cooperativas de teatro e de dança na seleção dos projetos do Programa de Fomento à Dança. Após as mudanças feitas pela gestão atual, alardeadas como saneadoras de todos os vícios, o resultado da nova seleção, publicado no "Diário Oficial" de 8/11, mostrou o óbvio: a maior parte dos selecionados, que não tem CNPJ próprio, continua sendo representada pelas cooperativas (67,4%). Faltou pesquisa e honestidade à reportagem.

MARIA DO ROSÁRIO RAMALHO, ex-secretária da Cultura da gestão Haddad (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO JORNALISTA ROGÉRIO GENTILE - A secretária de Haddad fala em honestidade, mas omite um ponto fundamental em sua carta. Antes, não havia convocação pública para os comitês de júri dos prêmios, e os convites eram feitos diretamente a poucas e privilegiadas entidades. Agora, qualquer entidade pode participar do processo.

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