Folha de S. Paulo


Estão tentando fazer uma privatização dissimulada do SUS, critica leitor

PLANOS DE SAÚDE

A intenção do ministro da Saúde e dos que o antecederam no cargo é muito simples: viabilizar e tornar mais abrangente o negócio dos planos privados, de forma a reduzir o SUS ao mínimo. Na prática, está-se a fazer uma privatização dissimulada do sistema público de saúde.

ARMANDO LOPES (São Paulo, SP)

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Como sempre, a corda arrebenta do lado mais fraco, mais velho, mais pobre, mais feio, mais... Enquanto isso, a turma do Planalto deita e rola —e a gente paga.

EDISON LUCIANO (Rio Claro, SP)

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No governo Temer, há o Ministério dos Planos de Saúde, cujo titular sempre foi financiado por grupos mercantilistas da saúde. Ademais, esse ministro nada entende do assunto. Está lá como representante dos grandes grupos de saúde privada, que buscam exclusivamente o lucro.

ANTONIO RIBEIRO (São Paulo, SP)

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É preciso ter em mente que o contrato de um plano de saúde é, na realidade, um contrato de risco para ambas as partes. Não cabe afirmar, como faz o ministro Ricardo Barros, que os planos de saúde "assumem um risco antecipado por uma coisa incerta". Isso porque, ao assinar um contrato, o segurado se compromete a pagar, correndo o risco de pouco ou mesmo nunca precisar de serviços médicos. Pode, inclusive, vir a morrer sem atingir a faixa etária que o poria sob a proteção do Estatuto do Idoso.

JOSÉ LUIZ BACELAR LEÃO (Rio de Janeiro, RJ)

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Eu já sabia. Após barrar no Congresso duas denúncias contra si, Temer joga a toalha e diz que não tem força política para aprovar reformas, principalmente a da Previdência. Assinou quase uma confissão de que seu objetivo era mesmo ficar no Planalto. Como ele mesmo finalizou em sua declaração: paciência!

NILSON TADEU MOLARO (Araraquara, SP)

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A maioria esmagadora dos especialistas em finanças públicas acredita que uma reforma da previdência seja fundamental e indispensável para uma recuperação econômica consistente e tudo indica que, sob Temer, isso não acontecerá. Todos os críticos do atual governo se regozijam como se tivessem alcançado uma vitória. Tudo bem, Temer pode ir para o lixo da história que não fará a menor diferença, mas e o país? Como é que ficamos?

LUÍS ROBERTO NUNES FERREIRA (Santos, SP)

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DELAÇÃO DA JBS

É estarrecedor o e-mail obtido pela Folha, no qual o ex-procurador apresenta o roteiro para a negociação da delação e dá os nomes das pessoas que serão delatadas, como fosse um cardápio para abutres. A alegação de que só fez reparos "linguísticos e gramaticais" ofende a nossa inteligência. O estranho nisso tudo é ele estar solto. Infelizmente, no Brasil, sempre vale a velha máxima de George Orwell: "Os animais são todos iguais, mas uns são mais iguais que outros."

RICARDO ROMANELLI FILHO (Pinhais, PR)

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JOSÉ SERRA

O senador José Serra disse que "há uma revolta da população contra os políticos, naturalmente orientada pela mídia". Se a imprensa divulga fatos como o inquérito aberto para apurar se ele recebeu doação ilegal de empreiteira, isso não é instigação à revolta. Antes de culpar a mídia, ele que se explique.

JOSÉ MARCOS THALENBERG (São Paulo, SP)

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ELEIÇÕES

Peculiar a visão da Folha: critica Lula e Bolsonaro e poupa Alckmin, igualmente candidato a presidente. Ele não é o tal "centro" pedido pelo editorial? Se for, estamos "descentrados".

PAULO EDUARDO ALVES CAMARGO-CRUZ, sociólogo (São Paulo, SP)

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ENEM

Sobre o editorial "O Enem e a surdez", observo que minha irmã é surda e totalmente oralizada. Aprendeu a falar bem pequena, com muito esforço da família e de profissionais. A vida dela seria muito diferente se ela tivesse sido educada só em Libras. Os surdos têm o direito de escolher a língua de sinais, mas acho uma pena que, quando pequenos, não tenham a oportunidade de aprender a língua portuguesa, que amplia sua participação numa sociedade que não entende Libras. Vale lembrar que surdos não são mudos, só por vezes não aprendem a falar.

MÁRCIA GONÇALVES (São Paulo, SP)

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Embora um tema de redação ligado à inclusão das pessoas com deficiência já fosse esperado para o Enem deste ano, surpreendeu a todos a delimitação escolhida: "Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil." Até que ponto jovens do ensino médio devem dominar teorias pedagógicas que lhes proporcionem condições de apresentar propostas de intervenção concretas para um "desafio" desse tamanho?

MARIA DE LOURDES MANCILHA NUNES MATOS, professora (Itajubá, MG)

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Li e reli com muita atenção as opiniões de quatro leitores no Painel do Leitor de 8/11 e não entendo até agora a confusão generalizada que fazem sobre o Enem. Será que é tão difícil assim entender o que significa plenamente "liberdade de expressão" e seu valor fundamental para uma democracia plena? Tenho medo.

GLADSTONE H. DE ALMEIDA FILHO (Rolândia, PR)

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COLUNISTAS

Sobre as estrelinhas na avaliação dos filmes, concordo com Marcelo Coelho. Existem filmes que, por uma cena ou por uma frase, já valem a audiência. Tudo vai das experiências e das situações que a pessoa passou ou está enfrentando no seu dia a dia. As avaliações dos filme sempre têm um viés subjetivo daqueles que avaliam.

LUIS COUTINHO (Valinhos, SP)

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Marcelo Coelho escreveu que o filme que ele viu no cinema com Kate Winslet é "ruinzinho". Mas nenhum filme tendo Kate ou outras atrizes britânicas como Helena Bonham Carter, Naomi Watts, Emily Mortimer, Kristin Scott-Thomas e Emma Thompson é ruim.

MARCELO CIOTI (Atibaia, SP)

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ANIMAIS ABANDONADOS

Gostaríamos de parabenizar a reportagem"Assistidos por ONGs, animais abandonados aguardam por um lar", sobre o abandono de animais e o preconceito em relação à raça. Muitos animais precisam de um novo lar para não passarem necessidade e para receber amor e carinho, mas, infelizmente, nem todos conseguem porque existe preconceito. As pessoas preferem filhotes, cães de raça, pequenos e branquinhos. Nós acreditamos que o mais importante é que todos sejam adotados, independentemente da raça e da idade.

MARIA ALICE PIGARRI e alunos do 5º ano da escola municipal Navarro de Andrade (Adamantina, SP)

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