Folha de S. Paulo


Leitores comentam textos de colunistas e entrevista com Luiz Fux

COLUNISTAS

Julianna Sofia diz que o desatino de Luislinda Valois, ao comparar-se a uma escrava moderna, pode disparar uma reforma ministerial. Melhor seria se servisse para acabar com os supersalários acima do teto constitucional ("Empurrãozinho" , "Opinião", 4/11).

ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP)

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Aprecio –sobremaneira– os artigos da lavra do notável Ruy Castro. O artigo "A pranteada senhora" ("Opinião", 4/11) foi inexcedível. Saudações sepulcrais perpetuadas.

JOÃO PAULO DE OLIVEIRA (Diadema, SP)

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A piada é tanto mais risível pelo inusitado que encerra, assim também como contos ou relatos se valorizam pela surpresa do seu desfecho. Parabéns ao colunista Ruy Castro.

CARLOS ARTHUR CHRISTMANN (Itu, SP)

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Cristovão Tezza critica em "Os duelos da razão" ("Ilustrada", 5/11) a "assustadora estupidez teocrático-partidária" de nossos dias. Porém, ele parece não enxergar que está de mãos dadas com o anacronismo que insiste na construção nefasta do feminino. Quando elogia a alta literatura de Sándor Márai, assente que uma moça de 20 anos, "casada com o velho e poderoso conde de Parma", possa gozar do cortejo do também velho escroque Casanova. Ainda que a literatura deva ser lida respeitando o contexto histórico, nosso tempo admitiria uma resenha de abordagem mais atual, que revelasse, nesse caso, por exemplo, o quanto a mulher, de Casanova a Márai, de Márai a Tezza, era (ou ainda é) apenas um objeto.

ANA MARIA BEGHETTO PACHECO (Curitiba, PR)

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O artigo "Procura-se um homem" ("Opinião", 5/11), pela sua simplicidade, objetividade e pela sapiência desse ilustre escritor, deveria ser lido por todos os brasileiros todos os dias até as eleições de 2018.

CÁSSIO JOSÉ SUOZZI DE MELLO (Santo André, SP)

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Mariliz Pereira Jorge destaca em sua coluna a misoginia de nossa sociedade, o preconceito estúpido contra mulheres, que as afasta dos estádios de futebol, templos maiores da violência masculina ("A Arábia Saudita é aqui" , "Esporte", 4/11). Temos que criar meninos e meninas feministas para que, quem sabe nas próximas gerações, elas possam viver num mundo mais justo.

JEFFERSON C. VIEIRA (São Paulo, SP)

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Excelente a ponderação de Hélio Schwartsman sobre a falência da privação de liberdade como método punitivo ("Cadeia para quem precisa" , "Opinião", 4/11). A adoção de sanções administrativas ou civis seria profícua em inúmeros casos. Quanto à prisão decorrente de condenação em segunda instância, há um porém: ela contraria garantia fundamental prevista na Constituição. Não dá para resolver problema complexo e multifatorial (morosidade da Justiça) atropelando cláusula pétrea.

CIRILO AUGUSTO VARGAS (Belo Horizonte, MG)

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RONALDO CAIADO

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) apoia a declaração de Torquato Jardim sobre o domínio do crime organizado no Rio. Disse que o ministro "cumpriu o seu dever" em denunciar o óbvio. O que eu pergunto ao senador é se ele não considera "crime organizado" o fato da bancada ruralista ter votado, em peso, pelo arquivamento das denúncias da PGR contra Temer em troca do perdão de R$ 8,6 bilhões de dívidas tributárias e juros dos grandes ruralistas e de outros "favores" ("Crime organizado está no comando" , "Mercado", 4/11).

ARIALDO PACELLO (Piracicaba, SP)

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Nem sempre concordei com as posições políticas de Ronaldo Caiado, mas os seus artigos e a sua postura no Senado estão cada vez melhores.

JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)

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PSDB

Em sua propaganda na TV, o PSDB tem feito questão de colocar jovens negros para verbalizar suas mensagens. A sua representante negra num governo totalmente voltado para as elites econômico-financeiras, desembargadora Luislinda Valois , acaba de mostrar insensibilidade com a exploração desumana do trabalho ao usar o termo trabalho escravo de maneira leviana e em causa própria. O partido não tem identificação com minorias, pelo contrário, mais parece partido das elites paulistas e de neocoronéis do Nordeste. Será que tenta passar a imagem de preocupação com as minorias exploradas? A ministra (dis)traiu-se e escancarou a hipocrisia.

FIDELIS MARTELETO (Rio de Janeiro, RJ)

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LUIZ FUX

Parabéns ao ministro do STF Luiz Fux ao afirmar o que qualquer pessoa honesta já sabe (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/11/1932898-nao-tem-sentido-candidato-com-denuncia-concorrer-diz-ministro-fux.shtml, "Poder", 5/11). Candidato com denúncia não deve concorrer. Um cidadão que por descuido teve seu nome incluído na Serasa não pode nem sequer comprar uma panela de pressão. Já um político com inúmeras denúncias e processos quer se candidatar ao mais alto cargo da nação! Que país é esse?

WAGNER JOSÉ CALLEGARI (Limeira, SP)

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Extremamente lúcida a entrevista do ministro do STF Luiz Fux. O direito possui muita ligação com a lógica. Ora, se a Constituição Federal determina o afastamento do presidente da República em caso de recebimento por parte do Poder Judiciário de denúncia criminal contra ele, não pode o candidato, que já tenha contra si denúncia criminal, pretender ser eleito para aquele cargo. Essa é a interpretação que se espera da magistratura nacional.

ANTONIO CLARÉT MACIEL SANTOS (São Paulo, SP)

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ENEM

Em meio a tanta divergência diante da discussão sobre os Direitos Humanos na redação do Enem , o tema escolhido deixa clara a importância desses direitos para a sociedade, sendo um dos principais o da inclusão. As escolas públicas brasileiras carecem de infraestrutura e assessoria adequadas aos deficientes. É preciso atentar-se, também, às minorias.

DANIELLE PINELLI (Piracicaba, SP)

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