Folha de S. Paulo


Empregador brasileiro é recordista no desrespeito a trabalhador, diz leitor

JUSTIÇA DO TRABALHO

O estudo desmistifica a ideia de que a Justiça do Trabalho favorece empregados. A extinção da Justiça trabalhista faz parte do conjunto de ações de um governo que tem trabalhado incansavelmente em prol dos altos lucros de seus financiadores e da escravização da população.

MARIA TEREZA A. C. DE CASTRO (Campinas, SP)

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A regra no empresariado é achar formas de diminuir custos com a mão de obra. Os direitos trabalhistas jamais foram caros, mas a carga tributária que os acompanha sufoca a produção. Todavia, sempre será menos difícil litigar contra o empregado do que litigar contra o Estado, o verdadeiro vilão.

CLOBSON FERNANDES (São Paulo, SP)

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Muitos dizem que vivemos o retorno das trevas, mas penso que não. Mentiras são reveladas diariamente, como é o caso da reportagem mostrando dados da Justiça trabalhista. Esta mesma Folha publicou tempos atrás editorial classificando a Justiça como paternalista e excessivamente protetora dos empregados. A verdade apareceu.

CARLOS A. DUARTE NOVAES (Mogi das Cruzes, SP)

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Corporativista, ineficiente, inchada e regiamente remunerada. Um reduto da burocracia estatal protetora de castas privilegiadas.

JOSÉ M. LEAL (Campinas, SP)

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Querem acabar com a Justiça trabalhista, custe o que custar. Usam da notícia em mão única, sem o outro lado. Por trás de tudo a vergonha escamoteada: o fato de que empregadores brasileiros são recordistas no desrespeito aos direitos dos trabalhadores.

RODRIGO O. DE AZEVEDO LIMA (Brasília, DF)

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O título "Justiça do Trabalho é lenta e pouco efetiva para o empregado" é tendencioso. Como o estudo revela, os resultados mais frequentes envolvem decisões parcialmente favoráveis aos empregados, somando 68% das ações, o que não é nem de longe pouco efetivo. Por outro lado, o mesmo balanço revela o excesso de ações, 17 milhões de 2011 a 2015, o que nos leva a concluir que a Justiça do Trabalho está sobrecarregada, e não lenta.

YUSSIF ALI MERE JR, presidente da Federação dos Hospitais do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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REFORMA PROTESTANTE

O especial dos 500 anos da Reforma Protestante (29/10) deu destaque à presença dos evangélicos no Brasil, fato importante devido especialmente ao crescimento exponencial das igrejas neo-pentecostais e à sua intervenção político-social. No entanto, é preciso destacar que as reformas religiosas do século 16 desencadearam a primeira modernidade ocidental, cujos principais traços são a racionalização do cristianismo, o impulso do capitalismo (conforme Weber), a emergência da burguesia e o nascimento da sociedade escolarizada.

NORBERTO DALLABRIDA (Florianópolis, SC)

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ALFABETIZAÇÃO

Sobre o editorial "Poucas letras e números", a Avaliação Nacional de Alfabetização de 2016 revela a incapacidade de alfabetizarmos as crianças nas séries iniciais da escola. Podemos questionar as premissas da reforma do ensino médio. É falacioso apontar que a diminuição de disciplinas no currículo da escola e a escolha vocacional por parte dos estudantes sejam soluções para o fracasso escolar. A etapa final do ensino básico é reflexo da precariedade da sua base. Não basta reformar, é preciso reestruturar!

WALTER ROBERTO CORREIA (São Paulo, SP)

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A educação no Brasil é política de poder. Não melhora porque não se quer melhorá-la. É proposital. Como levar a sério um país com taxas de analfabetismo funcional indecentemente altas? Como levar a sério um país que transformou a profissão de professor em galhofa? Como levar a sério um país que não trata o tema com seriedade? Como levar a sério um país que apresenta uma reforma de ensino sem conteúdo lógico? Educação aqui é falácia.

JOSÉ R. S. TOLEDO BARBOSA (Fernandópolis, SP)

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ARTE E LIBERDADE

Muito bom o artigo "O Rapto das Sabinas", de Marta Suplicy, denunciando o retrocesso civilizatório. Seria importante que ela e todos os senadores que defendem a liberdade de expressão e a democracia comparecessem à sessão da CPI dos Maus-Tratos quando para lá forem levados (coercitivamente) o artista da performance do MAM, o curador da exposição e a mãe da criança que tocou no pé do artista, para que se contraponham às mentiras do presidente Magno Malta.

BEATRIZ BRACHER (São Paulo, SP)

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METRÔ

Sobre o editorial "Esperando o trem", a Folha insiste em enxergar o copo meio vazio quanto ao sistema metroviário de São Paulo. Trata-se da maior rede em operação no país e, sob a gestão do governador Geraldo Alckmin, é uma das poucas em expansão, com 11, 5 mil pessoas em cinco obras simultâneas. Isso é eximir-se de responsabilidade? A taxa de falhas notáveis na operação é compatível com índices internacionais. A Folha contraria pesquisa realizada por ela própria, segundo a qual o Metrô foi eleito o melhor serviço de transporte da capital pelo terceiro ano consecutivo.

EUZI DOGNANI, coordenadora de imprensa do Governo de São Paulo (São Paulo, SP)

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FUNCIONALISMO

Diante das reiteradas emendas de feriados no serviço público, via ponto facultativo e outros meios, é de se imaginar que seus servidores não tenham muito apreço pelo cargo ou, talvez, as tarefas sejam tão poucas a permitir tanta ociosidade.

CARLOS DALIA (Rio Claro, SP)

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FURTOS E ROUBOS

Sobre "Brasil tem 1 roubo ou furto de veículo a cada minuto; Rio lidera o ranking", a Secretaria da Segurança Pública esclarece que no Estado de São Paulo houve quedas seguidas nesses indicadores, com redução de 8,2% em todo o Estado e de 9,8% na capital, de janeiro a setembro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Vale ressaltar que o Estado possui a maior frota nacional, com quase 30% dos veículos de todo Brasil.

PATRICIA PAZ, assessora de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (São Paulo, SP)

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