Folha de S. Paulo


A ambição de ser presidente parece ter tomado conta de Doria, diz leitor

DORIA

Antes de ser eleito era um gestor e não um político. Após eleito, fez uma série de aparições fazendo marketing pessoal. Praticamente nada mudou na cidade, que continua abandonada como antes. Doria parece que agora tenta ser mais político que gestor, fazendo viagens aparentemente inúteis para São Paulo. A ambição parece ter tomado conta. Aguardemos para ver se ele se lembra de que foi eleito para ser prefeito.

Edgard Hilgendorff (São Paulo, SP)

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O prefeito João Doria, que se apega tanto a pesquisas, talvez agora reveja sua atitudes após os números nada animadores apurados pelo Datafolha. Se ele pensa que, alguns meses após ser eleito, viajar o país em plena campanha seria o suficiente para uma candidatura à Presidência, se enganou redondamente. O dinheiro e o marketing são importantes em uma eleição, mas sem o voto, ninguém se elege.

André Pedreschi Aluisi (Rio Claro, SP)

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O grau de destempero de Doria em declarações e embates em que ele se coloca já é suficientemente grotesco para que Alckmin não precise fazer nada para combatê-lo.

Arlindo Carneiro Neto (São Paulo, SP)

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Doria tem excelente motivo para abandonar a prefeitura e disputar o Planalto: sabe que se ficar quatro anos no município sua imagem vai se desgastar. Ele não administra a cidade e sua esperança de que o setor privado salvará tudo é 110% inviável. Além do setor estar endividado, os ativos públicos não darão retorno nenhum ou ele será muito abaixo do que a demanda.

Antônio Camargo (São Paulo, SP)

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CATALUNHA

É possível que a independência da Catalunha seja refreada pelo próprio governo local. Sabem que o custo será muito alto. Abdicarão em troca de maior autonomia tributária em relação a Madri, como os bascos fizeram. Todos cantarão vitória e a paz reinará até o próximo arroubo nacionalista

José Marcos Thalenberg (São Paulo, SP)

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As manifestações pela unidade da Espanha colocam uma esperança na mesa de negociação contra os dois polos extremos: o conservadorismo do Partido Popular, de herança franquista, e o governo centralizador, contra as autonomias regionais. Construir uma alternativa de federalismo que respeite o nacionalismo catalão é a única solução para o impasse político provocado pela intransigência dos dois lados.

Luiz Roberto Da Costa Jr. (Campinas, SP)

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BOLSONARO

A Folha faz uma campanha discriminatória e negativa contra Bolsonaro. Só que dos candidatos a presidência, ele é o menos pior.

Rafael Alberti Cesa (Caxias do Sul, RS)

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REFORMA POLÍTICA

Nossos representantes perderam mais uma vez a oportunidade de fazer uma reforma política que atendesse aos anseios do povo brasileiro. Se preocupam única e exclusivamente com seus projetos de poder. A insatisfação é geral e em 2018 nós saberemos dar uma resposta à altura a toda essa classe política que zomba de seus eleitores. Nos aguardem, quem ri por último ri melhor.

Claudir José Mandelli (Tupã, SP)

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COLUNISTAS

Tenho acompanhado, com tristeza, o noticiário sobre a lamentosa morte do professor Cancellier. De tudo que li, faço destaque para os excelentes textos de Paula Cesarino Costa, e de Elio Gaspari. Ambos, com serenidade, trazem à reflexão o excesso de autoridade e a irresponsabilidade da mídia sensacionalista e seus exercitantes.

Zenilda Nunes Lins (Florianópolis, SC)

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A pertinente análise de Paula Cesarino Costa, além de confirmar o viés democrático da Folha na autocrítica, aponta o perigoso caminho da mídia diante das arbitrariedades e denúncias da polícia e do Judiciário que, apresentadas com exibicionismo, costumam ser precipitadas e destroem reputações.

Alfredo Sternheim (São Paulo, SP)

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A coluna da ombudsman não aprofundou a gravidade da situação. Luiz Carlos Cancellier de Olivo, reitor da UFSC, sofreu ataques de ódio após ser preso e sua foto com uniforme laranja de presidiário circular pelas redes sociais. Cancellier deveria ter sido ouvido ou, no máximo, sofrer a abertura de inquérito para apurar eventual obstrução de Justiça, que era negada por ele, mas jamais afastado do cargo e sofrido tamanha humilhação pública.

Luiz Roberto Da Costa Jr. (Campinas, SP)

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CRIANÇA DO DIA

Parabenizo a Folha pela iniciativa de abrir espaço para manifestação de crianças. A diversidade dos protagonistas é um ponto alto. São depoimentos sensíveis, críticos, conscientes e divertidos.
Ouvi-los, protegê-los e respeitá-los deve ser um compromisso de todos nós. O mundo pode ser muito melhor para todos se fizermos o que elas dizem.

Caio Magri, sociólogo e presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social

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PAPEL DO ESTADO

Triste a entrevista de Bernard Appy. Como defensor do Estado paquidérmico, o economista esconde sua análise sob o conceito da separação de classes, e se esquece de que nossa maior mazela é a asfixiante carga tributária, que atinge absurdamente todos os segmentos da população. Decepcionante que o Centro de Cidadania Fiscal não entenda a prioridade absoluta do país, que é a redução da carga tributária para todos.

Salvador Parisi (São Paulo, SP)


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