Folha de S. Paulo


'Datafolha é um excelente termômetro social do momento', diz leitor

DATAFOLHA

Os números mostram a força do ex-presidente, apesar de não ser possível uma avaliação mais detalhada por região, faixa etária e de renda. Impedido de concorrer, seus votos, hoje, vão majoritariamente para brancos e nulos, e não para outro candidato, mesmo dentro do PT. Sua rejeição vem em queda, ao contrário da dos concorrentes diretos. Essa pesquisa pode não funcionar como previsão eleitoral, mas é um excelente termômetro social do momento.

ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP)

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Está difícil de entender. Se 87% dos eleitores acham muito importante que o candidato nunca tenha se envolvido em corrupção, como 36% afirmam que votariam em Lula?

ANAMARIA MOLLO DE CARVALHO (Brasília, DF)

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As pesquisas eleitorais mostram problemas mal resolvidos do país com seu passado. Após governar por 15 anos, Getúlio Vargas voltou ao poder pela via democrática, mas não terminou o mandato. O trauma histórico ressurge no presente. O PT governou o país por 13 anos e meio e, agora, Lula poderia voltar ao poder. A radicalização política e a polarização ideológica provocam uma conflagração social. Nosso sistema de governo contribui para elevar as tensões, pois o presidencialismo centraliza o poder, concentra as verbas e distribui os cargos.

LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP)

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É fácil entender por que as pessoas ainda mostram intenção de votar em Lula. Se o PMDB de Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco, condenados na Lava Jato, pode continuar mandando e desmandando em Brasília, se o PSDB de Alckmin e Aécio nem sequer é incomodado, apesar dos escândalos em Minas e em São Paulo, então por que Lula, que defende os trabalhadores, não poderia voltar à Presidência?

ADJALMA R. DA SILVA (Belo Horizonte, MG)

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O Datafolha informa que Lula continua na frente nas pesquisas. Que pena termos um líder tão corrupto! Governo bom ele não fez, sem contar as fortes suspeitas de corrupção que recaem sobre ele. Os principais problemas do país continuam os mesmos, até piores. Um líder virado do avesso, um Antonio Conselheiro perdido na caatinga, um rei Lear enlouquecido, mas que ainda tem seguidores. Agora é Temer, tão ruim quanto.

JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)

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PRIVATIZAÇÕES

O conspirador ilegitimamente intitulado presidente, com seus comparsas e após vender a alma, empenha-se em despojar os brasileiros do que lhes pertence. O Brasil está sendo a festa das empresas estrangeiras (todas ilibadas?). Mas quem não gostaria de, ao preço de bananas, comprar metade do continente sul-americano?

ILMA CECÍLIA M. DE LEY LEITE (Rio de Janeiro, RJ)

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COLUNISTAS

Hélio Schwartsman brilhou. É relevante pontuar o desperdício do tempo e das já escassas verbas, num país que suporta em silêncio a precariedade do ensino, os aviltantes salário e a má formação dos professores. Os dogmas religiosos ministrados em uma tenra idade contam habilmente com a imaturidade do aluno, não deixando espaço para uma escolha racional. Abolir a religião do ensino público auxiliaria na transposição da laicidade do Estado das letras constitucionais para a prática diária.

ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG)

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André Singer alerta acertadamente que, "se a sociedade civil não encarar o perigo [golpe militar] de frente, poderá ser tarde demais". Ao mesmo tempo, comete uma grave contradição, pois chama o impeachment de "golpe parlamentar". Isso dá força aos militares mal intencionados. Se os parlamentares puderam dar um golpe, por que os militares não poderiam? O correto é defender que só se pode tirar um presidente pela via constitucional, como no caso de Dilma.

JOSÉ LOIOLA CARNEIRO (São Paulo, SP)

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Vinícius Torres Freire deveria estar mais atento ao que escreve. Profetizar que "a esquerda oficial acende velas para seu morto-vivo, Lula" quando a pesquisa Datafolha indica que Lula cresce em todos os cenários é má-fé ou sabujice.

DEJALCI EDUARDO FONTANA MARTINS (Bauru, SP)

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AGÊNCIAS REGULADORAS

Jerson Kelman, presidente da estatal de saneamento Sabesp, propõe a dispensa da agência reguladora Arcesp, facultando à própria empresa a eliminação do redutor de tarifas incidente sobre os "sem serviço", em geral as famílias de baixa renda. Isso é um viés argentário escandaloso vindo de uma autoridade do governo.

GERÔNCIO ROCHA, geólogo (Fortaleza, CE)

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CÂNCER

O editorial "Como tratar o câncer" falou de uma questão muito pouco abordada pela imprensa nacional. Os resultados pífios que o país vem tendo no tocante ao sucesso no tratamento do câncer requerem um posicionamento como o feito pela Folha, principalmente quando ficamos sabendo que se tem gastado mais na área a cada dia. O parágrafo final resumiu o que deve ser buscado: gastar melhor os recursos. Nunca nos esqueçamos que gastar melhor significa obter melhores resultados para a saúde.

JOSÉ E. A. NETO (Foz do Iguaçu, PR)

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AMIZADE

O belíssimo texto de Felipe Barbosa nos faz relembrar que desencontros impostos pela vida não desfazem as verdadeiras amizades encontradas em tempos idos.

TABAJARA NOVAZZI (São Paulo, SP)

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PARTICIPAÇÃO

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