Folha de S. Paulo


Com seu gravador, Joesley Batista lembra o índio Juruna, diz leitor

DELAÇÃO DA JBS

Pergunta que não quer calar: se as conversas gravadas com o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo são irrelevantes, por que foram enviadas para o exterior?

PAULO E. BAZANELLI GUIDO (São Paulo, SP)

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O agora detido Joesley se tornou um atento seguidor do índio Juruna, no sentido de provisionar com provas de áudio todas as negociatas que mantinha com autoridades, não importando o posto, o escalão e a categoria a que pertencessem no governo.

CEDEMIR ANTONIO DE LIORI (São Paulo, SP)

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Perguntar não ofende. A banca de advogados que negociou e depois empregou o doutor Miller não tem nenhuma culpa no cartório? Não tem responsabilidade? Não infringiu nenhuma lei? Não há dúvida ética? Nada, nada? Com a palavra a OAB e o Ministério Público.

FLÁVIO FONSECA (Mendes, RJ)

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Michel Temer agora fala em ruptura do Estado de Direito porque se vê envolvido em ações ilegais. Mas, ao apoiar o golpe contra a presidente Dilma Rousseff, não se manifestou dessa forma. Cobiçava o poder a qualquer preço, mas quem com ferro fere com ferro será ferido. Agora, prova de seu próprio fel.

VILMA AMARO (Ribeirão Pires, SP)

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Temer não precisa mais ficar com inveja de Lula. Agora, ele também tem o seu PowerPoint.

JORGE A. NURKIN (São Paulo, SP)

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MALAS DE DINHEIRO

Pelas normas do Banco Central, os bancos são obrigados a informar à Receita Federal a realização de qualquer operação acima de R$ 2.000 e ao Coaf as acima de R$ 10 mil. Essas normas visam coibir os crimes financeiros e, com certeza, são aplicadas com todo o rigor sobre os simples mortais como nós. Além disso, há uma norma específica sobre operações realizadas por "pessoas politicamente expostas", como ministros, senadores, deputados etc. Com todo esse cuidado, é de se perguntar de onde saíram os R$ 51 milhões da Bahia.

FERNANDO PACINI, economista (São Paulo, SP)

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CARGOS PÚBLICOS

A aparência do serviço público é de verminose. A máquina está inchada. É urgente discutir uma nova política de servidores comissionados para o Estado brasileiro que passe por uma preparação rigorosa dos indicados para exercerem cargos públicos. O atual critério de escolha é atrasado e em muitos casos corrompido. Assembleia Legislativa de São Paulo, Câmara Municipal e prefeituras regionais são os maiores exemplos. Quanto ao Palácio dos Bandeirantes, será um dos grandes desafios do próximo governador acabar com mordomias.

DEVANIR AMÂNCIO (São Paulo, SP)

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EXPOSIÇÃO CANCELADA

Oportuno o texto "Caso da 'Queermuseu' arrisca se tornar triste rotina no país", de Silas Martí. Faltou, no entanto, nomear os intolerantes que foram os maiores responsáveis pelo cancelamento da exposição em Porto Alegre. Como vários noticiários informaram, entre eles estavam o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Filho (PSDB), e lideranças do MBL. Hoje, os golpes contra os valores democráticos dão-se não apenas na cena política e econômica, mas também na já esquálida cena artístico-cultural do país.

CAIO NAVARRO DE TOLEDO, professor da Unicamp (Campinas, SP)

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Não aprecio esse tipo de arte, então não iria à exposição, mas penso que o MBL não possui qualificação para incentivar a censura. Antes de mais nada, penso que a liberdade de expressão deve ser preservada. Se constatarem alguma prática criminosa, que processem o curador. Simples assim.

ROBERTO J. F. MOREIRA JR. (Rio de Janeiro, RJ)

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Quem acha que arte só serve para agradar ao público não entende nada de história da arte. Nunca ouviu falar sobre Marcel Duchamp, Anita Malfatti ou sobre a "arte degenerada" da Segunda Guerra. Só faltava essa: censura de obras de arte pela polícia da moralidade. Francamente!

ROGÉRIO FONSECA (São Paulo, SP)

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FORO PRIVILEGIADO

O foro privilegiado é uma praga, porque demonstra que nem todos são iguais perante a lei. Para mim, pode ser o presidente da República. Se transgrediu a lei, precisa ser responsabilizado criminalmente, e em primeira instância. Assim, o país caminha para a frente.

DIOGO MOLINA GOIS (Itajubá, MG)

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DROGAS

Depois de ler a reportagem "Sem estrutura, polícia de Alckmin tem aval para dizer que droga 'não é droga'" cheguei à conclusão de que o Estado de São Paulo é igual à Turquia e à Rússia: tem governantes que mandam feito ditadores e fazem de tudo para se perpetuarem no poder. No caso de São Paulo, desde 1995.

MARCELO CIOTI (Atibaia, SP)

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Absurda e irresponsável a decisão da Polícia Cientifica de São Paulo. Não bastassem os milhares de jovens e seus familiares que sofrem com a ausência de políticas públicas de saúde eficazes para dependentes de drogas e álcool, um órgão público quer justificar o injustificável, alegando "falta de padrão de confronto" para materiais periciados. É um desrespeito à nação.

JONAS NILSON DA MATTA (São Paulo, SP)

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COLUNISTAS

Nunca li nada mais verdadeiro no jornal do que a conclusão de Hélio Schwartsman em "Lula, o Maluf da esquerda". Parabéns, Hélio!

ZEEV CALMANOVICI (São Paulo, SP)

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Hélio Schwartsman compara Lula a Maluf e questiona se a delação do amigo Palocci atrapalha o ex-presidente. Lula tem uma militância que vê em Palocci um traidor. Ora, se é traidor é porque falou a verdade, caso contrario seria apenas mentiroso. Portanto reforça o apelo de Lula. Quanto a Maluf, ele tinha um eleitorado mais regionalizado em São Paulo, enquanto Lula ainda tem focos em todo Brasil. O que ocorre é que não apareceu ainda alguém que faça frente à sua candidatura.

ARLINDO CARNEIRO NETO (São Paulo, SP)

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